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70% dos imóveis vendidos são do Minha Casa, Minha Vida

Negociações do setor cresceram 30% até novembro. Médio e alto padrão tiveram alta de 16,5% nas vendas e 18,8% no valor

Dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostram que as vendas de imóveis novos no Brasil crescem 29,2% em 2023, com o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) liderando o aumento, com alta de 36,5% nas vendas, acima da média de imóveis novos vendidos no Brasil. A maioria dos imóveis são de conjuntos habitacionais, com o adquirido em fevereiro de 2023 por Rosângela Santana Pires (imagem), em Santo Amaro da Purificação (BA).

Segundo a Abrainc, o bom desempenho dentro do Minha Casa, Minha Vida é explicado por ajustes recentes que ampliaram o acesso ao programa, e vêm permitindo juros menores e parcelas mais administráveis, nas faixas que contemplam as famílias de menor renda. 

A pesquisa revelam que o MCMV foi responsável por 71% das unidades comercializadas (103.171 unidades) e 53,6% do valor total de vendas (R$ 22,7 bilhões).

Na faixa 3, o valor máximo de financiamento subiu de R$ 264 mil para R$ 350 mil, beneficiando famílias com renda mais alta.

Os lançamentos de imóveis pelo MCMV também cresceram 42,2% em valor total, alcançando R$ 18,5 bilhões.

As vendas totais no país, incluindo os imóveis de médio e alto padrão, alcançaram o valor de R$ 42,3 bilhões, com 144.854 unidades comercializadas.

Apesar das altas taxas de juros, a expectativa é de um 2024 positivo, com a queda da taxa Selic impulsionando o setor. “A redução da Selic em 2024 contribuirá para o desenvolvimento do setor, que gera 11% dos empregos formais do país”, afirma Luiz França, presidente da Abrainc.

Segmento médio e alto padrão

O segmento de médio e alto padrão também registrou crescimento, com alta de 16,5% nas vendas (39.626 unidades) e 18,8% no valor total (R$ 19,1 bilhões).

No entanto, a oferta de novos imóveis diminuiu 8,6% em valor total (R$ 15 bilhões) e 39,9% em número de unidades (22.241 unidades).

Segundo o levantamento, essa é uma readequação gradual de mercado, por conta dos atuais níveis de estoque. No início do ano passado, a duração média de uma oferta de imóvel de médio e alto padrão era de 24 meses. Esse tempo reduziu e atualmente está em 15 meses.

O levantamento considerou o desempenho de 20 grandes incorporadoras.

 

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