O senso comum diz que investimentos em renda variável são mais arriscados do que em renda fixa. De fato, não é fácil discordar dessa ideia. Mas, para o educador financeiro Daniel Fuks, a questão não é tão óbvia. Segundo ele, investimentos em renda fixa, como debêntures ou Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), podem ser muito mais arriscados com que comprar ações de uma empresa negociada na B3.
Por trás do raciocínio dele está o entendimento do conceito de volatilidade. Ações são mais voláteis, ou seja, o preço pode variar com intensidade e velocidade. Mas isso não é sinônimo de risco. “Risco é uma coisa; volatilidade, outra”, diz. Segundo Fuks, o risco embutido num CDB é maior do que numa ação de uma grande empresa. Ele explica: “No Brasil, o risco de crédito na renda fixa é alto. Se você empresta dinheiro para uma empresa e ela entra em recuperação judicial, a empresa não vai deixar de pagar 10%. Vai deixar de pagar tudo,” diz. “É muito mais arriscado emprestar dinheiro para uma empresa com dificuldade financeira do que comprar uma ação.” Confira a entrevista completa.
Uma resposta
Riquíssimo o debate. Concordo que antes de mais nada precisamos gastar menos – ou de forma mais racional. Por isso a primeira coisa que eu faço ao receber qualquer dinheiro é investir pelo menos 10% dele. “É o meu dízimo”.