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Brasileiro admite dificuldade para poupar, mas projeta vida financeira melhor

A pesquisa “Dinheiro Tabu”, publicada pelo Itaú Unibanco e realizada pelo Datafolha e a Box 1824, mostra quais são as barreiras culturais, sociais, familiares e individuais que dificultam a relação dos brasileiros com o dinheiro. O estudo foi feito a partir de questionários respondidos por mais de duas mil pessoas em todo o país, além de conversas presenciais com grupos focais em quatro cidades.

Uma das principais descobertas da pesquisa é que, embora 97% dos entrevistados considerem ter dificuldade em lidar com o próprio dinheiro, 81% acreditam que a sua situação financeira irá melhorar nos próximos cinco anos – o histórico de sucessivas crises econômicas no país e a dificuldade em planejar ajudaram os brasileiros a desenvolver uma postura muitas vezes mais otimista do que planejada em relação às finanças.

A sensação de incapacidade em lidar com o dinheiro está diretamente relacionada à baixa autoestima financeira. Muitos acreditam que há apenas uma forma certa de pensar sobre a vida financeira finanças e que é preciso muito conhecimento técnico ou matemático para juntar dinheiro, investir e organizar as contas.

Por conta dessa falta de confiança nas próprias decisões econômicas, 46% dos brasileiros preferem nem olhar para o próprio dinheiro porque acreditam estar fazendo algo errado. Entre os jovens, 98% afirmam ter dificuldade em lidar com as finanças.

No campo familiar, 73% dos brasileiros declaram procurar alguma pessoa íntima (parente ou amigo) quando precisam de ajuda nas decisões financeiras. O desafio nessa dimensão é que nem sempre as melhores referências sobre a vida financeira vêm de casa. Em todas as faixas etárias, 50% dos brasileiros acreditam que na idade deles os pais já tinham conquistado bem mais coisas.

Lidar com o dinheiro também significa lidar com sentimentos conflitantes: ele pode acabar com amizades, famílias e casamentos para 86% dos brasileiros, mas é também é um meio fundamental para conquistar objetivos e manter o padrão de vida, o que leva as pessoas a ter culpa (por ter demais ou de menos) e receio de como vão ser percebidas pelos outros. 89% dos brasileiros concordam com a frase: “Todo mundo diz que dinheiro não é tudo, mas se você aparecer malvestido ou com um carro velho em frente aos amigos, todo mundo vai reparar”.

66% dos brasileiros declaram preferir ter mais tempo com a família e com os filhos – mesmo que isso signifique abrir mão de parte da renda – e 62% acreditam que quem controla demais o dinheiro não aproveita a vida.

“A pesquisa nos mostra que as pessoas entendem o dinheiro a partir de uma lógica matemática, que demanda conhecimento meramente técnico. Entendemos que o caminho para uma relação mais saudável com finanças depende também de um olhar mais humano para essa questão, que contribua para substituir sentimentos negativos como culpa e vergonha por orgulho, confiança e responsabilidade”, diz Luciana Nicola, superintendente de Relações Institucionais, Sustentabilidade e Negócios Inclusivos do Itaú Unibanco.

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