O Ibovespa fechou em baixa de 0,44% nesta quinta-feira (22), aos 137.272 pontos. O dólar subiu 0,32%, cotado a R$ 5,66 no encerramento. Com as atenções dos investidores concentradas no cenário fiscal e na instabilidade de Wall Street, o índice nacional não conseguiu fôlego para se mater no campo positivo. No cenário doméstico, os investidores operaram em compasso de espera pela divulgação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, com o quadro fiscal de 2025 e as projeções para 2026. O governo federal confirmou um contingenciamento de R$ 20,7 bilhões e bloqueio de outros R$ 10,6 bilhões, totalizando uma contenção de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025, em meio aos esforços para o cumprimento da meta de resultado primário deste ano. O valor veio acima do esperado pelo mercado. A expectativa era de um bloqueio entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões. A cautela, porém, aumentou após a confirmação do aumento do Imposto sobre Operações Financeira (IOF) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O chefe da pasta econômica não deu detalhes e apenas informou que o imposto “não vai incidir sobre dividendos no exterior”. Lá fora, os índices de Wall Street fecharam sem direção única, com cenário fiscal, declarações de dirigentes do Federal Reserve e dados econômicos no radar.
As maiores altas foram das preferenciais da Raízen (13,48%) e Bioma Educação (19,34%). As baixas, Grupo Monteiro Aranha (-9,71%) e preferenciais da Karsten (-7,56%). Das cinco ações mais negociadas, quatro apresentaram evolução: preferenciais da Azul (4,9%), Hapvida (0,01%), Banco do Brasil (-0,4%), preferenciais da Gol (4,35%) e Cogna (2,51%). O volume negociado foi de R$ 24,80 bilhões.