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Policial penal que matou petista em festa de aniversário é demitido

Jorge Garanho usou arma funcional para alvejar o guarda municipal Marcelo Arruda. Autor aguarda julgamento pelo crime, ocorrido em Foz do Iguaçu

Um processo administrativo disciplinar culminou na demissão do policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, assassino do guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda. O crime ocorreu noite de 9 de julho de 2022. A decisão foi assinada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, nesta terça-feira (19).

Garanho invadiu a festa de aniversário de 50 anos de Arruda em um clube da cidade, provocou uma discussão injustificada, foi expulso do local e voltou armado, criando um confronto que acabou em tiroteio e morte. O motivo seria a tema da festa, um evento fechado e privado que tinha como motivos o Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Lula.

O processo foi instaurado à época para apurar a atuação do agente, então servidor da penitenciária federal de Catanduvas (PR). A investigação da Polícia Civil apurou que antes do crime, Guaranho estava em uma outra festa nas proximidades da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi), quando recebeu do vigia Claudinei Coco Esquarcini acesso às imagens do circuito interno de TV da entidade, da qual não fazia mais parte da diretoria. Houve suspeita de crime político, o que não foi comprovado. Pressionado, Esquarcini cometeu suicídio tempos depois.

Guaranho foi demitido por três infrações. A Justiça informou, por meio de nota, que a decisão se deu pelo uso de “recurso material da repartição em atividade particular”, pela prática de “ato de improbidade administrativa” e pela “incontinência pública”. O “recurso material da repartição” era a pistola funcional usada por Guaranho para cometer o crime.

Um acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU) homologado pela Justiça Federal de Foz do Iguaçu indenizou em R$ 1,7 milhão a companheira e os quatro filhos de Arruda, já que o autor se valeu de sua condição de agente público para entrar em um evento privado para cometer crime.

O valor contempla o pagamento de indenização por danos morais e a quantia relativa à pensão que seria devida aos filhos de forma proporcional à idade de cada um. A AGU entrou com ação para cobrar o valor de Garanho a título de indenização à União. O agora ex-agente penitenciário aguarda julgamento por homicídio.

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