Ex-presidente participou de manifestação onde acusou, sem provas, que o ato golpista foi “orquestrado pela esquerda”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de uma manifestação na Avenida Paulista neste domingo (29) onde se disse injustiçado por ser réu em uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe e que o objetivo não é prendê-lo, mas “eliminar.” “Me processam por uma fumaça de golpe. Que golpe é esse que até o hoje o Mossad não está sabendo nada sobre ele?”, afirmou.
O ex-presidente afirmou que os atos golpistas de 8 de janeiro foram um “movimento orquestrado pela esquerda” e que não participou da cerimônia de posse porque “jamais passaria a faixa para um ladrão.”
“Um movimento mais do que claro orquestrado pela esquerda. Lula não estava em Brasília. No dia anterior, foi para Araraquara, porque sabia o que iria acontecer.Tanto que as imagens de quase 200 câmeras sumiram. Tudo foi quebrado antes daquelas pessoas que parte estavam no acampamento chegaram. É uma brutal injustiça”, afirmou Bolsonaro, sem apresentar nenhuma evidência.
O ex-presidente pediu mais uma vez anistia aos golpistas. “Não me sinto bem na posição que me encontro, me omitir, me calar. Eu apelo aos Três Poderes da República. Sentem, conversem, pacifiquem o Brasil. Força e liberdade a esses inocentes do 8 de Janeiro”, disse.
O ex-presidente também convocou a população para que votem majoritariamente em candidatos aliados nas eleições de 2026 e ajudem a eleger 50% de membros do Congresso para conseguir ter controle das decisões do País. “Me deem isso que eu mudo o destino do Brasil. E digo mais, nem preciso ser presidente (…) Não quero isso para revanchismo, quero para o futuro do meu Brasil. Não tenho obsessão pelo poder. Tenho paixão pela minha pátria”, afirmou.