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Inteligência artificial e criatividade: tem jogo?

Nessa semana, tive uma conversa muito produtiva com amigos sobre inteligência artificial. O ponto de partida foi o chip implementado em um cérebro por Elon Musk dias atrás. Mas o bate-papo evoluiu para o futuro da IA nas empresas e sua capacidade de impulsionar negócios.  Confesso que fiquei pensando nesse assunto até agora há pouco. E me peguei imaginando como essa ferramenta pode interferir em processos criativos, como a literatura, a música e a pintura.

Provavelmente, um software de inteligência artificial pode escrever um livro, fazer um poema, compor uma canção ou mesmo pintar um quadro. O resultado passará incólume pelos críticos de plantão? Ainda não é possível saber.

Mas algo está me incomodando: será que aquele chip que aumenta exponencialmente nossa inteligência também pode mexer com nossa criatividade? Elon Musk pode desenvolver um chip voltado exclusivamente para que uma pessoa seja mais criativa? Esse chip pode ser produzido para atuar em determinados campos das artes?

Digamos que você queira acionar o modo “pintura” de seu chip da criatividade. Então, você imagina que quer pintar o retrato de uma mulher (que você visualiza na cabeça), ao estilo de Ed Hopper e com toques surrealistas à lá Salvador Dali. Como se estivéssemos no filme “Matrix”, os pincéis que estão em suas mãos começam a se mexer freneticamente em uma tela à sua frente e vão montando um quadro que se assemelha em muito aquilo que foi visualizado antes. Não seria incrível?

E em relação à música? Você sempre quis tocar o solo de guitarra em “Stairway to Heaven”, de Led Zeppelin, mas nunca soube tocar um instrumento? Seus problemas acabaram, como dizia o pessoal do extinto programa Casseta & Planeta. O chip criativo de música pode guiar seu cérebro a tocar aquele solo (já imaginou o que vai ter de coroas como eu invadindo o TikTok com esse tipo de vídeo?).

Mas será que essa ferramenta não pode ir mais fundo?

Digamos que você peça ao chip ajuda para compor uma canção no estilo de “Stairway to Heaven”, só que melhor, com elementos de “Strawberry Fields Forever”, dos Beatles” e “White Rabbit”, de Jefferson Airplane.

Seria um brinquedo fabuloso, não?

E se você pudesse mofidicar as canções existentes, misturando estilos e músicos diferentes? Para ficar na mesma “Stairway to Heaven”, o seu comando mental será: vamos trocar o vocal de Robert Plant pelo de John Fogerty (Creedence Clearwater Revival) e a guitarra de Jimmy Page pela de David Gilmour (Pink Floyd). O resultado pode ficar muito bom – mas isso será uma confusão sem fim para os advogados especializados em direitos autorais.

Vamos dar um passo além. Você, usuário do chip criativo, terminou uma relação amorosa e escreve algumas linhas sobre como está se sentindo. Em seguida, manda seu cérebro compor uma canção em inglês, baseada naquele texto, com uma melodia que misture elementos de “Yesterday” (Beatles), “Gymnopedie” (Eric Satie) e “Life on Mars?” (David Bowie). Ah, e respeitando a lei do plágio (uma canção não pode ter oito compassos ou mais iguais aos de outra).

O produto final pode ficar espetacular ou ser uma verdadeira tragédia. Mas digamos que o resultado seja muito bom. Quem é o real compositor? Você ou a inteligência artificial? E o que dizer de músicos veteranos, como Paul McCartney ou Robert Smith, que já não compõem algo emblemático há muito tempo? O que um chip desses poderia fazer em suas cabeças grisalhas?

É, meus amigos… os próximos anos serão muito disruptivos. E divertidíssimos.   

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