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Comfort food, o coração de um domingo de Páscoa

No dia de hoje, várias crianças estão se deliciando com ovos de Páscoa de todos os tamanhos e sabores. Nos últimos tempos, por sinal, a criatividade tem mudado muito essas delícias sazonais: há recheios de inúmeros sabores, para todo o tipo de consumidor, de qualquer idade. Mas a verdadeira comemoração – sendo a família religiosa ou não – está na confraternização realizada durante o almoço, que em tese comemoraria a ressureição de Jesus Cristo.

O coração deste almoço é sempre um legítimo representante daquilo que chamamos de comfort food. Este é um caso interessante de anglicismo. Trata-se de um termo que pode tranquilamente ser traduzido por “comida reconfortante”. Mas poucos fazem essa tradução, que caiu no gosto da classe média.

Os pratos reconfortantes nos remetem aos anos dourados que existem em nossa memória. Tempos em que a vida parecia ser mais fácil e as famílias tinham tempo de sobra para conceber e produzir, durante horas, receitas artesanais e deliciosas. Nesses momentos, muitos acabam lembrando de suas avós, que assavam tortas com paciência milenar ou ficavam horas fazendo massas a partir de um punhado de farinha, ovos e uma pitada de sal.

Comfort food, assim, não é apenas um conjunto de receitas tradicionais. Trata-se de uma refeição que é feita com carinho e devoção, por alguém que põe o bem-estar da família em primeiro lugar. Hoje e dia, diga-se, quem pilota o fogão não necessariamente é uma mulher. Muitas vezes, é o homem quem coloca o avental e vai para a cozinha preparar um almoço de Páscoa.

Os veganos que me perdoem, mas um assado geralmente faz a festa dos comensais nessa data. Um peru – uma ave mais ligada ao Natal e ao Dia de Ação de Graças – pode ser uma boa solução. Ou mesmo um chester. Particularmente, sou do time que prefere um pernil ou um lombo de porco. Mas há um batalhão de pessoas que exige um cordeiro (paleta ou costeletas) nessa data cheia de simbolismos religiosos.

Trata-se, inclusive, do final da Quaresma. Portanto, quem evitou os exageros gastronômicos nos últimos quarenta dias está liberado. Se esse for seu caso, aproveite e quebre o barraco.

O bacalhau também faz parte do receituário de comidas reconfortantes e é um sucesso entre a comunidade portuguesa. Mas geralmente ele é servido às sextas do feriado, quando os cristãos evitam o consumo de carne vermelha.

Muitas “nonnas” aproveitam para fazer suas lasanhas e porpetas, especialmente em São Paulo, estado em que cerca de um terço da população tem sangue italiano correndo nas veias.

De qualquer forma, não importa sua ascendência ou credo religioso. Aproveite esse dia para se conectar com os parentes e amigos. A boa mesa – de preferência tendo pratos de comfort food ao centro – tem esse poder: o de proporcionar novas amizades e o de reatar ligações que ficaram esmaecidas com o tempo. Aproveite seu almoço de Páscoa – e valorize aqueles que estiverem ao seu redor.

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