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A IA colocará em xeque o trabalho árduo?

– “O trabalho árduo é essencial. Você precisa se dedicar mais do que qualquer outra pessoa se quiser vencer.” – Elon Musk

– “O sucesso vem para aqueles que estão ocupados demais para procurá-lo.” – Henry Ford

– “Trabalhe como se alguém estivesse tentando tirar tudo de você.” – Mark Cuban

– “A única maneira de vencer é trabalhar mais do que todos os outros.” – Jeff Bezos

– “O trabalho árduo abre portas que o talento sozinho não consegue destrancar.” – Richard Branson

Temos acima cinco frases de bilionários que conquistaram o sucesso inquestionável e creditam boa parte de suas fortunas ao trabalho árduo. São pessoas que continuaram a labutar de sol a sol mesmo depois que suas contas bancárias ficaram abarrotadas. Para essas pessoas, o tamanho da riqueza não os impede de trabalhar com todo o esforço que conseguem.

Mas como ficará isso com a chegada da Inteligência Artificial? Será um ponto de inflexão, no qual trocaremos o “work hard” por “work smart”? Todo o esforço que empreendemos diariamente agrega valor aos nossos negócios? Talvez uma boa parte dessas atividades não poderia ser terceirizada para as ferramentas de IA?

No passado, não havia exatamente como terceirizar algumas iniciativas, até porque o controle da informação que ninguém possui é algo importantíssimo para aqueles que estão em busca de reconhecimento.

No livro “De volta ao jogo”, de Ariane Abdallah, uma passagem pode mostrar como este tipo de coisa foi importantíssimo (e, de certa forma, ainda é). Quando André Esteves era um executivo iniciante no antigo Banco Pactual, houve o Plano Collor, que mudou várias regras do mercado financeiro e abriu a possibilidade para que novas modalidades de fundos de investimentos fossem criadas.

O texto que continha a nova legislação era técnico, detalhista e maçante, além de longo. Ninguém no Pactual se deu ao trabalho de lê-lo, com exceção de Esteves, que teve a pachorra de repetir a leitura até entender tudo – e sugerir a criação de um novo fundo, que se tornou possível através das novas regras e acabou alavancando muito a posição do banco no mercado.

Caso houvesse a Inteligência Artificial naquele momento, Esteves iria ler o texto divulgado pelo governo de cabo a rabo? Provavelmente não. Iria pedir para alguma ferramenta analisar a nova lei. Seria muito mais simples. Mas o problema é que todos os concorrentes iriam fazer algo semelhante e teriam acesso à informação ao mesmo tempo que o futuro banqueiro.

A inquietação que faz pessoas de sucesso trabalhar muito, no entanto, é algo que dificilmente irá embora. Com a IA, o esforço empreendido em trabalho duro talvez seja substituído por horas e horas de conversa com a Inteligência Artificial, no afã de buscar informações que poucos possuem.

Os workaholics, assim, podem ficar tranquilos. Sempre haverá espaço para o trabalho árduo. Mas, como em quase tudo na vida, a tecnologia vai também mudar o nosso jeito de trabalhar.

Para melhor ou pior? Talvez essa resposta possa ser dada apenas por nossos filhos ou netos.

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