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A briga entre Trump e Musk pode atrapalhar Eduardo Bolsonaro?

Desde que resolveu se licenciar da Câmara dos Deputados para morar nos Estados Unidos e trabalhar para criar sanções do governo americano contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o deputado Eduardo Bolsonaro contou com a boa vontade de aliados republicanos. Esse apoio foi fundamental para que o secretário de Estado Marco Rubio anunciasse medidas contra quem atentasse contra a liberdade de expressão de pessoas e empresas americanas.

A briga entre Elon Musk e Donald Trump, no entanto, pode desacelerar a divulgação dessas sanções. Lembremos: a tensão entre os dois começou em abril de 2024, quando Musk passou a criticar publicamente decisões do ministro relacionadas à moderação de conteúdos nas redes sociais. O embate se agravou quando Moraes ordenou o bloqueio de contas de figuras influentes da direita, sob acusação de espalhar fake news. Musk, por sua vez, ameaçou não cumprir as ordens judiciais e chegou a comparar Moraes ao vilão Voldemort, da saga Harry Potter.

Em resposta, o juiz incluiu o bilionário no inquérito que investiga milícias digitais. Musk, então, anunciou que liberaria contas bloqueadas por decisões judiciais e sugeriu que os usuários utilizassem VPNs para acessar o X caso a plataforma fosse suspensa no Brasil. O ministro reagiu impondo multas e exigindo que Musk nomeasse um representante legal da empresa no país.

Enquanto esteve no governo, Musk foi um ponto de referência para que a retaliação contra os atos de Moraes entrasse em regime de fast track. Mas como fica isso agora que Musk declarou guerra digital a Trump?

Os ex-aliados trocaram ameaças de peso pela internet. O presidente disse que poderia retirar subsídios ou cancelar programas que beneficiam as empresas de Musk. Já o empresário sugeriu deixar no solo a nave Dragon, essencial para transportar astronautas e cargas para a Estação Espacial Internacional. “À luz da declaração do Presidente sobre o cancelamento dos meus contratos governamentais, @SpaceX começará a desativar sua espaçonave Dragon imediatamente”, escreveu Musk (Horas depois, ele voltaria atrás, respondendo a um usuário da plataforma X: “Bom conselho. Ok, não vamos desativar a Dragon”).

Isso ocorre em um momento no qual os parlamentares de direita parecem perder o interesse em repercutir as ações de Eduardo Bolsonaro no exterior e preferem utilizar os posts do deputado Nikolas Ferreira para bombar as suas redes, como apontou reportagem de ontem na “Folha de S. Paulo”.

Até quando vai durar o climão entre o homem mais rico do mundo e o político mais poderoso do planeta?

Musk sinalizou uma possível trégua ao responder a uma mensagem do bilionário Bill Ackman: “Eu apoio Donald Trump e Elon Musk, e eles deveriam fazer as pazes para o bem de nosso grande país. Juntos somos mais fortes do que separados.” Em resposta, Musk disse: “Você não está errado”.

Apesar desse gesto, Trump rejeitou a reconciliação, afirmando que Musk “perdeu a cabeça” e que não tem planos de retomar o diálogo. A Casa Branca chegou a tentar mediar a situação, mas um encontro entre os dois não aconteceu.

Enquanto os dois não se entenderem, uma coisa é certa: as sanções contra Moraes devem ficar patinando na burocracia americana.

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Comentários

Uma resposta

  1. Me desculpe a sinceridade, Aluízio, mas Eduardo se vale única e exclusivamente de seu sobrenome, para criar celeuma e manter seu nome nas manchetes. É um político absolutamente desimportante, que não produziu absolutamente nada como parlamentar, valendo-se do cargo exclusivamente pra fazer turismo. Não tem um único projeto relevante, em sua carreira. Sejamos francos.

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