Os violentos protestos no Chile nos últimos dias levaram analistas apressados, especialmente aqueles ligados à esquerda, a questionar a política econômica liberal do país. “O Brasil será o Chile amanhã”, disseram, em tom de ameaça. Na verdade, seria ótimo se isso acontecesse. Nos últimos 30 anos, o liberalismo chileno levou, de fato, a uma série de transformações: o país enriqueceu e todos os indicadores sociais melhoraram.
Compare os números a seguir e entenda por que o liberalismo econômico é o caminho a seguir:
PIB per capita do Chile: US$ 15,3 mil
PIB per capita do Brasil: US$ 9,8 mil
Dívida (% PIB) do Brasil: 87%
Dívida (% PIB) do Chile: 25%
Desemprego no Brasil: 11,7%
Desemprego no Chile: 7,2%
Salário mínimo no Brasil: R$ 998
Salário mínimo no Chile: R$ 1.715,70
Taxa de juros no Brasil: 5,5%
Taxa de juros no Chile: 1,75%
Posição do Brasil no ranking de inovação: 64º
Posição do Chile no ranking de inovação: 47º
Posição do Brasil no ranking de competitividade: 72º
Posição do Chile no ranking de competitividade: 33º
Índice Gini de Desigualdade (quanto mais próximo a 1, mais desigual)
No Brasil: 0,54
No Chile: 0,45
Expectativa de vida no Brasil: 75,7 anos
Expectativa de vida no Chile: 79,7 anos
Taxa de homicídios no Brasil (por 100 mil habitantes): 29,53
Taxa de homicídios no Chile (por 100 mil habitantes): 3,46
Fontes: Dados oficiais dos governos dos dois países, Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, Fórum Econômico Mundial, Organização Mundial de propriedade intelectual