Para tentar reduzir dívidas, os irmãos e sócios controladores da Kalunga, José Roberto e Paulo Garcia, assinaram um contrato de venda de R$ 106,2 milhões de sua fabricante de material escolar, Spiral, ainda no final de outubro de 2020, algumas semanas antes do pedido de oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) na B3. Os recursos da venda da Spiral serão utilizados para pagar parte de uma dívida de R$ 481 milhões (a dívida líquida total da rede é de quase R$ 740 milhões). Com o IPO, a empresa estima captar R$ 1 bilhão e assim, eliminar boa parte das dívidas, apontou a reportagem do jornal Valor Econômico desta segunda-feira (11).
A receita líquida da Kalunga de janeiro a setembro de 2020 caiu 16,3%, ficando em R$ 1,32 bilhão, com o encolhimento das lojas físicas em quase 29%. Já o canal digital cresceu 83,4%, para R$ 324 milhões. O lucro líquido no período despencou 98%, para R$ 4,1 milhões, devido a menor movimentação em shoppings, onde a rede concentra 70% das suas unidades.