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Jim O’Neill fala de ajuste fiscal e do fim dos Brics em live com André Esteves, do BTG

Ex-ministro do Tesouro do Reino Unido, Jim O’Neill participou de uma live com o sócio sênior do banco BTG Pactual, André Esteves, nesta segunda-feira (6). A conversa teve uma hora de duração e atraiu um público formado por economistas, analistas internacionais, pesquisadores e, claro, investidores.

O’Neill é um observador qualificado das questões econômicas e geopolíticas dos países emergentes. Ele afirmou que a China já atingiu o potencial de maior economia no mundo, enquanto a Índia, dentro de duas ou três décadas, deve se aproximar da Alemanha, hoje a quarta potência.

Em 2001, O’Neill cunhou o acrônimo Bric para definir os principais países emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, o grupo foi acrescido da África do Sul e passou a ser designado de Brics. Graças aos seus trabalhos de análise, ele chegou ao prestigioso cargo de presidente da Chatham House, instituição britânica de estudos internacionais.

Na conversa com Esteves, O’Neill ponderou que os impactos socioeconômicos da pandemia serão enormes e exigirão uma lenta recuperação. “É mais fácil assumir que, após os impactos da pandemia, não vai haver mais Brics”, disse. Encerrado esse período, que pode durar até 30 anos, alguns desses países podem atingir, em conjunto, um peso maior que o dos atuais países do G7 somados: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

Sobre o Brasil, ele comentou que há esforços reais para conter gastos públicos e que o esperado ajuste fiscal só poderá nascer após a pandemia. Se tudo der certo, haveria potencial de crescimento anual de até 5%. Porém, alertou que o Brasil “precisa deixar de ser vítima dos preços da commodities. O país tem capacidade para fazer isso melhor do que a Rússia, que tem uma demografia muito mais difícil”.

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