Uma pesquisa da Cielo revelou o tamanho do impacto da pandemia nas atividades comerciais brasileiras. A empresa credenciadora de cartões e de meios de pagamentos eletrônicos detectou uma queda de 62% nas operações de débito de seus 1,5 milhão de clientes. Quem mais sofreu foi o setor de vestuário, com um declínio de 91%. Foram analisadas as movimentações apenas do dia 23 de março, já com o isolamento social em curso. Os dados foram baseadas na comparação com o faturamento médio (lojas físicas e virtuais) dos clientes, entre 5 de janeiro e 22 de fevereiro. Os outros setores que sofreram perdas agudas foram os de estacionamentos (86%), turismo (78%), lojas de departamento (75%) e bares e restaurantes (69%). Quem vendeu mais foram os supermercados (20%) e as farmácias (15%).
Nas operações de crédito, houve mudança na ordem das perdas: turismo (83%), estacionamentos (82%) e vestuário (82%). O crescimento também se limitou aos supermercados (20%) e farmácias (13%). No e-commerce, só bares e restaurantes cresceram (69%). Supermercados e drogarias perderam 6% e 4% de faturamento. O estrago maior ficou com o turismo, com queda de 85%.
No período de 29 de março a 1º de abril, o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) detectou uma queda no faturamento nominal de 45%.