Em um mercado em constante mudança, uma das maiores demandas é por profissionais que consigam acompanhar a transformação digital. Uma pesquisa realizada pela consultoria de recrutamento e seleção Talenses em parceria com a Digital House mostrou que 88% das empresas dizem precisar de profissionais que tenham familiaridade com o ambiente digital. Foram ouvidas 102 companhias de todos os tamanhos. Entre as principais habilidades valorizadas pelas empresas estão: inovação, aprendizado contínuo e facilidade de adaptação.
Antes de a tecnologia revolucionar o ambiente de negócios, empresas procuravam profissionais “lineares”, com formação em uma boa instituição de ensino e que soubessem executar bem o trabalho. Hoje, a preferência é pelo profissional multifacetado — e isso tem se refletido até em mudanças nos cursos universitários. Nos Estados Unidos, por exemplo, a graduação de Ciência da Computação passou a ter especialização em data mining e arquitetura de dados, formando não apenas cientistas da computação, mas de dados.
No Brasil, os tradicionais cursos de Administração e Economia incluíram em seus cronogramas matérias digitais. A Digital House, escola hub de educação, enxergou essa necessidade do mercado e criou cursos tanto para quem está ingressando quanto para perfis sênior. Segundo a escola, a procura tem crescido de forma exponencial, com o dobro de turmas em 2019 em relação ao ano passado.
“Temos profissionais dos mais diversos nichos e de várias idades, com diferentes objetivos. Já recebemos alunos que são médicos, enfermeiros, administradores, advogados, publicitários, músicos”.
Rodrigo Vianna, CEO da Mappit, empresa do grupo Talenses especializada em recrutamento para início de carreira, acredita que é necessário ‘virar a chave’ na maneira de pensar.
“O profissional precisa entender que investir em qualificação traz benefícios para a carreira dele”, diz. “Quem se mantém atualizado tem maiores chances em processos de seleção.”