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Conheça a fintech que ajuda novos empreendedores a tirar seu CNPJ

Pesquisa do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) divulgada em 2017 aponta que 77% dos microempreendedores no Brasil não têm experiência como donos do próprio negócio, por serem ex-donos de casa, estudantes, aposentados ou desempregados. Essa inexperiência tem impacto já no começo do negócio, quando é preciso tirar o CNPJ, por exemplo. Foi pensando nesse público que Marcelo Moraes fundou a fintech MEI Fácil, startup de finanças que auxilia o microempreendedor a obter o CNPJ. Em entrevista a MONEY REPORT, Moraes, hoje CEO da MEI Fácil, explica o motivo pelo qual, antes de abrir a fintech, entrevistou 400 microempreendedores, quais são seus planos para o futuro e a diferença entre sua fintech e as outras no mercado. A seguir, sua entrevista.

O que o levou a criar a fintech MEI Fácil?

Fui sócio de uma startup de serviços contábeis, que, com o tempo, começou a receber muitas demandas de microempreendedores com dúvidas sobre como tirar o CNPJ. Naquele momento, enxerguei a necessidade de expandir os negócios na área. Foi quando comecei a desenvolver o negócio. Apesar das dificuldades no início, como a falta de dinheiro, conseguimos investir R$ 1,5 milhão e hoje somos a maior empresa que atende o microempreendedor no Brasil.

É realmente tão difícil assim tirar um CNPJ?

Sim. Para nós, que temos mais acesso à informação, pode não parecer tão difícil. Mas a realidade é que 70% dos microempreendedores precisam de ajuda de terceiros para formalizar um CNPJ. Também é importante citar que o microempreendedor é aquele que se “vira nos trinta”. Ele abre um negócio após ficar desempregado, sem nunca ter precisado saber quais são os passos para tirar um CNPJ. A grande massa do país ainda precisa de ajuda e informação de qualidade nesse sentido. Antes de abrir a MEI Fácil, entrevistei 400 microempreendedores individuais no país para saber quais eram as necessidades deles e depois desenvolver um negócio que fizesse a diferença na vida das pessoas.

Outras empresas já fazem isso. Qual o diferencial de vocês?

De fato, existem muitas fintechs que oferecem serviços financeiros. Mas o nosso diferencial é que queremos acompanhar o cliente em toda sua jornada. Auxiliamos na hora de tirar o CNPJ, entregamos soluções para que esse cliente mantenha sua empresa sustentável e oferecemos meios financeiros para que ele possa se sustentar. Nosso cliente não precisa resolver processos burocráticos no site do governo, pegar empréstimo em banco e procurar vídeos no YouTube em busca de informações sobre como se tornar um microempreendedor individual.

No ano passado, o Brasil bateu recorde no número de microempreendedores individuais. Isso teve impacto no seu negócio?

De fato, em 2018, 2 milhões de MEIs entraram no mercado, um crescimento de 18% em relação a 2017. Foram, em sua maioria, pessoas que ficaram desempregadas. Ou seja, tornaram-se microempreendedores por necessidade. De um modo geral, nos beneficiamos. Mas é importante citar que a reforma trabalhista teve papel importante nisso.

Como assim?

A reforma trabalhista transformou o empregado CLT em PJ. Ou seja, legalizou e deu amparo a empregos que antes eram informais. Aumentou a quantidade de microempreendedores no país.

Quais são os planos para o futuro?

Nosso plano é ser o maior parceiro financeiro dos nossos clientes. Queremos cobrir algumas lacunas que nosso público tem, como demanda por meios de pagamentos, serviços e empréstimos. Para isso, estamos criando uma espécie de banco do MEI. Será uma plataforma em que o cliente conseguirá resolver seus problemas burocráticos e financeiros.

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