Apesar do avanço expressivo, a empresa com sede em São Francisco ainda não alcançou a lucratividade
Menos de três anos após lançar o ChatGPT, a OpenAI superou a marca de US$ 10 bilhões em receita recorrente anual, consolidando-se como um dos principais players da inteligência artificial generativa. O número, divulgado por um porta-voz da empresa, inclui vendas diretas ao consumidor, soluções corporativas e acesso à API, interface de programação que permite integrar os modelos da empresa a outros sistemas.
O valor, no entanto, não considera receitas de licenciamento para a Microsoft, parceira estratégica, nem contratos corporativos pontuais de grande porte. Em 2024, a receita anual da empresa girava em torno de US$ 5,5 bilhões, mostrando uma duplicação em menos de um ano.
Apesar do avanço expressivo, a empresa com sede em São Francisco ainda não alcançou a lucratividade. Em 2023, o prejuízo estimado foi de US$ 5 bilhões, reflexo dos altos custos de operação, especialmente no treinamento e manutenção de modelos como o GPT-4.
A rápida expansão da receita contribui para justificar a avaliação de mercado da companhia, que chegou a US$ 40 bilhões após uma rodada de investimentos fechada em março deste ano — o maior acordo privado de tecnologia já registrado, segundo analistas do setor. Esse valor representa um múltiplo de 30 vezes a receita, considerado elevado, mas compatível com o otimismo dos investidores em relação ao futuro da IA generativa.
Entre os principais financiadores estão a Microsoft, o conglomerado japonês SoftBank e fundos como Coatue, Altimeter e Thrive.
Segundo fontes próximas à operação ouvidas pelo site The Information, a OpenAI mira alcançar US$ 125 bilhões em receita anual até 2029, sinalizando planos ambiciosos para consolidar sua liderança no setor.
Desde seu lançamento no fim de 2022, o ChatGPT rapidamente ganhou escala global. Em 2024, a OpenAI passou a oferecer produtos voltados ao ambiente corporativo, e já em 2025 afirma contar com 500 milhões de usuários ativos por semana. No segmento empresarial, os clientes pagantes saltaram de 2 milhões, em fevereiro, para 3 milhões em junho.