Abal estima que até 90% da produção do metal nos EUA teria algum DNA brasileiro, com destaque para chapas e folhas
A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) lançou nesta quarta-feira (4) um comunicado sobre os efeitos da nova medida anunciada pelo governo dos Estados Unidos, que eleva de 25% para 50% a tarifa de importação sobre produtos de alumínio. A entidade mostra “preocupação”, alerta para os riscos de uma nova escalada por parte dos EUA e defende uma resposta estratégica e calibrada por parte do governo brasileiro.
O decreto de Donald Trump publicado nesta segunda (2) aplicação tarifas sobre a importação de alumínio sem distinção entre países, exceto pelo Reino Unido, que recebe uma isenção temporária e prorrogável de 25% até 9 de julho de 2025. “Mais do que uma decisão isolada, o anúncio sinaliza uma nova realidade global, em que a volatilidade se torna constante e impõe riscos adicionais às cadeias produtivas”, informa o comunicado.
Para a Abal, que reúne 30 grandes empresa que reúnem 100% dos produtores de alumínio primário, o Executivo brasileiro precisa reforçar os instrumentos para conter práticas desleais e desvios de comércio, “valorizando suas vantagens competitivas estruturais”.
A entidade reforça que proteger elos pontuais da cadeia será insuficiente sem garantir a produção dos insumos que a sustentam. O Brasil possui a quarta maior reserva de bauxita e a terceira maior produção global de alumina, além de uma elevada taxa de reciclagem e investimentos crescentes em energia limpa.
“Estima-se que até 90% do alumínio primário produzido nos EUA tenha o DNA brasileiro Em 2024, os Estados Unidos absorveram 16,8% das exportações brasileiras de alumínio, com destaque para chapas e folhas. Estima-se que até 90% do alumínio primário produzido nos EUA tenha, em seu DNA, insumos brasileiros — uma complementaridade produtiva que deveria ser considerada em qualquer análise de impacto ou negociação bilateral” informou a entidade. Daí que as medidas protecionistas atingiram diretamente a indútria brasileira
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