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Após fugir aos EUA, Zambelli tem prisão decretada e vai para a lista da Interpol

Ela teve passaportes cancelados, bloqueio de bens, de vencimentos e ganhou uma multa diária de R$ 50 mil

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (4) a prisão preventiva da deputada federal condenada Carla Zambelli (PL-SP), que saiu do Brasil para não ser encarcerada. Condenada em 14 de maio a perda de mandato pela 1ª Turma do STF e a dez anos de prisão no âmbito da tentativa de invasão dos sistemas Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da emissão de um mandato falso de prisão contra o ministro Moraes, ela aguardava o julgamento de recursos quando optou por sair do país.

Zambelli estava com seu passaporte em mãos e saiu do Brasil pois não era alvo de mandado de prisão. Ela só iria para a cadeia depois do trânsito em julgado, quando não coubesse mais recurso que poderia demorar meses. Mas diante da inevitabilidade do encarceramento, ela optou por fugir, o que teria ocorrido há 20 dias.

Além da decretação de prisão temporária – já que os recursos precisam ser julgados -, Moraes determinou o cancelamento de seus passaportes, afastamento do cargo, bloqueio de bens, de todos e quaisquer vencimentos e verbas – incluindo os de parlamentar -, transferências bancárias a partir do Brasil – como os depósitos de Pix, além de multa diária de R$ 50 mil.

O ministro também determinou que Zambelli seja incluída na lista vermelha da Interpol, o que a configura como fugitiva internacional da Justiça. Ela teria saído do país pela Argentina e estaria nos Estado Unidos, onde se prepararia para voar à Itália, onde acredita que encontraria algum abrigo por ser cidadã.

Moraes afirmou que a deputada fugir para evitar a aplicação da pena e que a própria pretenderia seguir com os ataques ao sistema eleitoral e o Estado democrático de direito. Em razão da atitude de Zambelli, seu defensor largou o caso. Com isso, foi designado um defensor público para cuidar de seus interesses no caso.

É possível que Zambelli consiga sair dos EUA para a Itália usando um passaporte italiano, documento que não pode ser apreendido. Tudo irá depender da interpretação do alerta da Interpol.

Na terça (3), Zambelli revelou em suas redes sociais que ficaria na Europa e, posteriormente, pediria licença do mandato como deputada. “Queria anunciar que estou fora do Brasil já faz alguns dias, eu vim a princípio buscando tratamento médico que eu já fazia aqui e agora eu vou pedir para que eu possa me afastar do cargo”, afirmou.

Em maio, ela foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na ocasião, a 1ª Turma determinou uma pena de 10 anos de prisão, em regime inicialmente fechado; perda do mandato parlamentar (a ser declarada pela Câmara dos Deputados após o trânsito em julgado); e a inelegibilidade da política. Zambelli também foi condenada a pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos.

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