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Conheça Moonlander, o Tesla dos tratores

Fundador da Lumina, Ahmed Shubber aposta em máquinas elétricas para a construção pesada. Seu primeiro passo é um protótipo de 32 toneladas

Com apenas 25 anos, o americano Ahmed Shubber quer desafiar gigantes da indústria de construção como a Caterpillar. À frente da Lumina, startup que fundou em 2021, o jovem empreendedor acaba de apresentar, em São Francisco, o protótipo de um trator de esteiras totalmente elétrico: o Moonlander. As informações são da Business Insider.

Com design semelhante ao modelo D6 da Caterpillar – considerado de médio porte -, o Moonlander, no entanto, entrega uma performance compatível com a de uma máquina da categoria D9, muito maior. “É capaz de empurrar de sete a nove metros cúbicos de material continuamente por até 10 horas”, afirmou David Wright, chefe das operações da Lumina no Reino Unido.

A máquina, que pesa 32 toneladas, foi montada no Reino Unido com peças de quase 200 fornecedores diferentes e custou cerca de US$ 3 milhões para ser construída. Segundo Shubber, tudo foi pensado para competir com as maiores fabricantes do setor, mas com um diferencial: emissão zero.

O carregamento da Moonlander também impressiona. O sistema suporta até 300 kW, permitindo carga completa em apenas uma hora e 15 minutos. “Em uma pausa de 30 minutos, já dá pra recuperar 50% da bateria”, explicou Wright.

A Lumina também segue o modelo da Tesla ao optar por desenvolver internamente não só o hardware, mas também o software, inclusive com foco em automação. Embora o protótipo não tenha sido demonstrado em operação autônoma, ele já está equipado com chips da Nvidia e pronto para receber um conjunto completo de sensores autônomos.

Origens humildes, ambições gigantes

A trajetória da Lumina se parece com as clássicas histórias de garagem do Vale do Silício. Shubber começou sozinho, na casa dos pais, adaptando um antigo trator de jardim da John Deere encontrado de graça no Facebook Marketplace. Ele próprio instalou sensores para operá-lo remotamente.

Sem formação em robótica ou engenharia, o jovem fundador recorreu às redes sociais para levantar investimentos. Após entrar em contato com cerca de 3 mil possíveis investidores-anjo, apenas dez responderam. Um deles foi Peter Reinhardt, fundador da Segment, vendida à Twilio por US$ 3,2 bilhões. Reinhardt apostou US$ 20 mil no projeto. “Ele era extremamente persistente e fazia progresso com quase nenhum orçamento. Vi muito de mim nele”, disse Reinhardt.

Hoje, a Lumina conta com uma equipe de 26 pessoas e já captou US$ 8 milhões em uma rodada seed. Agora, Shubber busca levantar entre US$ 20 milhões e US$ 40 milhões em sua Série A, com o objetivo de alcançar US$ 100 milhões em receita nos próximos dois anos.

Diferente de empresas tradicionais do setor, a Lumina não pretende vender suas máquinas, mas operar diretamente nos canteiros de obras, oferecendo o serviço de escavação com suas próprias frotas. O início das operações está previsto para janeiro de 2026.

E os planos vão além do Moonlander: o próximo projeto da empresa é o Blade Runner, uma escavadeira elétrica de 100 toneladas.

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