Com forte demanda por tratamentos contra obesidade, farmacêutica eleva receita em 45%, mas revê lucro anual para baixo após despesa bilionária em P&D
A Eli Lilly reportou um aumento expressivo de 45% em sua receita no último trimestre, impulsionada principalmente pelas vendas dos medicamentos Mounjaro e Zepbound, voltados ao tratamento de diabetes e obesidade. O faturamento da farmacêutica subiu de US$ 8,77 bilhões para US$ 12,73 bilhões — superando a projeção de analistas da FactSet, que esperavam US$ 12,67 bilhões.
O lucro líquido da companhia também teve alta significativa, alcançando US$ 2,76 bilhões (ou US$ 3,06 por ação), ante os US$ 2,24 bilhões (US$ 2,48 por ação) registrados no mesmo período do ano passado. Excluindo itens extraordinários, o lucro por ação foi de US$ 3,34, superando a estimativa dos analistas de US$ 3,26.
Desempenho por região
Nos Estados Unidos, a receita atingiu US$ 8,49 bilhões, puxada pelo aumento nas vendas de Mounjaro e Zepbound, apesar da pressão por preços menores. Fora do país, a receita chegou a US$ 4,24 bilhões, com destaque para o crescimento de Mounjaro e, em menor escala, do antidiabético Jardiance.
Perspectivas para o ano
Apesar do resultado acima das expectativas, a Eli Lilly revisou para baixo sua projeção de lucro ajustado para 2025. A farmacêutica agora estima ganhos entre US$ 20,78 e US$ 22,28 por ação, abaixo da faixa anterior, que variava de US$ 22,50 a US$ 24. A revisão se deve ao reconhecimento de uma despesa de US$ 1,57 bilhão com pesquisa e desenvolvimento, ligada à aquisição de ativos no trimestre.