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Risco de Armagedom nuclear é maior desde 1964, afirma Biden

Presidente dos Estados Unidos disse que Vladimir Putin não brinca quando fala sobre uso de armas nucleares

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quinta-feira (7) que o mundo está mais perto do Armagedom do que jamais esteve desde a crise dos mísseis cubanos de 1962, no auge da Guerra Fria. “Pela primeira vez desde a crise dos mísseis cubanos, temos a ameaça de uma arma nuclear se as coisas continuarem do jeito que estão agora”, declarou Biden em um evento de arrecadação de fundos organizado pelo Partido Democrata no estado de Nova York.

A Casa Branca já disse diversas vezes que não vê nenhuma indicação de que a Rússia esteja se preparando para usar armas nucleares. Ainda assim, Biden deixou claro que está de olho em Vladimir Putin , presidente russo, e em como ele pode reagir no desenrolar do confronto com os ucranianos.

O presidente americano indicou que Vladimir Putin está em uma situação em que é difícil encontrar uma saída – especialmente após os últimos reveses militares na Ucrânia – e que provavelmente está à procura de soluções que lhe permitam livrar a cara. Biden comentou ainda que o conhece “muito bem” e que sabe que não estava brincando quando disse que poderia usar armas nucleares táticas ou biológicas, uma vez que suas Forças Armadas estão mostrando um nível inferior ao esperado.

“Eu não acho que você possa usar armas nucleares táticas sem acabar no Armagedom”, comentou o presidente. A crise dos mísseis data de outubro de 1962, quando os EUA descobriram no dia 15 daquele mês que a União Soviética havia instalado 42 mísseis em Cuba com ogivas nucleares de médio alcance apontadas para seu território.

UE preocupada

O país da América do Norte não é o único que teme que a ameaça de Putin se concretize. No final do mês passado, o chefe de política externa da UE (União Europeia), Josep Borrell, alertou para o risco. “Quando as pessoas dizem que não é um blefe, você deve levá-las a sério”, falou Borrell em entrevista à BBC. O líder europeu classificou o momento como “muito perigoso”, pois “o Exército russo foi encurralado” e pode reagir de forma desproporcional.

O que diz Putin

Em anúncio na TV russa nem 21 de setembro, Putin afirmou que o país tem “muitas armas” para usar em resposta a qualquer ameaça. “Se a integridade territorial de nosso país estiver ameaçada, usaremos todos os meios disponíveis para proteger nosso povo –isso não é um blefe”, disse o presidente.

Na mesma data, ele decretou “mobilização parcial” na Rússia, sob a justificativa do país estar sob suposta ameaça. Disse ser necessário “proteger nossa terra natal, soberania e integridade territorial, para garantir a segurança de nosso povo e pessoas nos territórios libertados”.

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