Os resultados dos estudos da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca apresentaram respostas imune “robustas” em adultos com mais de 70 anos. Conhecido no Brasil como Vacina de Oxford, por causa da parceria com a universidade britânica, o imunizante está na fase 2 de testes, aqueles que avaliam segurança, eficácia e dosagens. Novos resultados dos estudos em seres humanos devem ser apresentados até o Natal. Entre os testados estarão pessoas mais velhas que apresentam problemas de saúde crônicos.
Os dados com os voluntários foram publicados na íntegra nesta quinta-feira (19), pela revista médica The Lancet. Foram testados 560 voluntários saudáveis, com 160 deles com idades entre 18 e 55 anos, 160 de entre 56 e 69 anos e 240 com mais de 70 anos. Nenhum efeito colateral foi registrado. “As respostas robustas de anticorpos e células T vistas em pessoas mais velhas em nosso estudo são encorajadoras”, disse Maheshi Ramasamy, integrante do Grupo de Vacina de Oxford. “Mais pesquisa é necessária antes que possamos ter certeza”, acrescentou. O diretor do grupo de Oxford, Andrew Pollard, conteve o entusiasmo, lembrando que ainda é muito cedo para saber se a vacina funciona na prevenção da covid-19.
A alternativa da AstraZeneca contra a covid está sendo testada no Brasil pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O Ministério da Saúde fechou um acordo para adquirir lotes de doses e para a sua produção local pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Além destes resultados promissores, as farmacêuticas Pfizer, Moderna e Sinovac divulgaram informes positivos de suas vacinas desde o início de novembro. Em diferentes estágios, todas mostraram eficácia superior a 90%.
