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Sanções ameaçam projeto de reconexão ferroviária e rodoviária das Coreias

Por Hyonhee Shin e Joyce Lee

SEUL (Reuters) – A Coreia do Sul e a Coreia do Norte lançaram nesta quarta-feira um projeto para ligar conexões ferroviárias e rodoviárias rompidas desde a Guerra da Coreia de 1950-53, mas a construção em si não pode começar enquanto estiverem em vigor sanções contra a Coreia do Norte, disseram autoridades.

Em outubro, os dois países concordaram em reconectar ferrovias e estradas como parte de uma reaproximação que os Estados Unidos temem poder comprometer os esforços para pressionar Pyongyang a abrir mão de suas armas nucleares.

“Há muitas coisas a fazer antes de realmente começarmos a construção”, disse o ministro dos Transportes sul-coreano, Kim Hyun-mee, antes da cerimônia na cidade de Kaesong, do lado norte-coreano da fronteira.

Os materiais e o investimento necessários para iniciar as obras estão banidos por sanções dos EUA e da Organização das Nações Unidas (ONU), impostas em reação aos programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte. Washington insiste que as sanções permanecerão até o regime abrir mão de suas armas nucleares.

Autoridades, políticos e membros de famílias sul-coreanas deslocadas pela guerra embarcaram em um trem especial para a cerimônia.

Shin Jang-chul, que conduziu o último trem de carga entre as Coreias, que operavam um parque industrial conjunto há uma década, disse que nunca pensou que voltaria à região.

“Estou profundamente comovido”, disse. “Faz 10 anos, e eu me perguntava se conseguiria voltar um dia depois de me aposentar”.

Eles foram acompanhados por uma delegação norte-coreana, além de autoridades da ONU, China, Rússia e Mongólia, segundo o Ministério da Reunificação sul-coreano.

Durante discurso no evento, o vice-ministro de Ferrovias norte-coreano, Kim Yun Hyok, pediu uma “determinação inflexível para enfrentar ventos adversos” que poderiam ameaçar o projeto.

“Os resultados do projeto de ferrovias e estradas depende do espírito e da vontade de nosso povo”, disse Kim.

Os dois lados realizarão avaliações conjuntas adicionais e elaborarão obras que podem demorar de um a dois anos, disse o sul-coreano Kim Hyun-mee.

A cerimônia desta quarta-feira foi mais um exemplo da reaproximação entre as Coreias –tecnicamente ainda em guerra, depois que seu conflito terminou com uma trégua, não um tratado de paz.

Entretanto grandes iniciativas econômicas ainda não decolaram devido à falta de progresso na desnuclearização da Coreia do Norte.

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