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Principal assessor de Trump diz que “fechamento” do governo dos EUA pode se estender até 2019

Por Jan Wolfe

WASHINGTON (Reuters) – O diretor de orçamento e chefe de gabinete do presidente dos Estados Unidos disse neste domingo que o fechamento parcial do governo pode continuar até o dia 3 de janeiro, quando o novo Congresso se reúne e os democratas assumem a Câmara dos Representantes, equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil.

“É muito possível que esse fechamento continue além do dia 28 e entre no período do novo Congresso”, afirmou Mick Mulvaney, importante assessor de Donald Trump, à emissora Fox News.

“Não acho que as coisas vão se movimentar tão rapidamente nos próximos dias”, acrescentou ele, citando o feriado de Natal. Ele foi nomeado chefe de gabinete da Casa Branca há 10 dias.

O Senado dos EUA entrou em recesso no sábado sem conseguir acabar com o impasse relativo à exigência de Trump de mais recursos para a construção de um muro na fronteira com o México, o que os democratas não aceitam.

Mulvaney afirmou que a Casa Branca fez uma contraproposta aos democratas para segurança da fronteira que custaria algo entre o 1,3 bilhão de dólares que a oposição propõe e os 5 bilhões pedidos por Trump.

Como parte dessas conversas no sábado, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, abriu mão dos 5 bilhões para o muro e pediu 2,1 bilhões, segundo a emissora ABC News, que citou fontes anônimas.

Mulvaney procurou jogar a culpa pelo fechamento parcial do governo em cima de Nancy Pelosi, indicação democrata para presidente da Câmara dos Representantes, dizendo que ela deve estar travando as negociações para garantir sua nomeação.

“Eu acho que ela está naquela posição desconfortável de ter uma dívida de gratidão com a esquerda e ela não pode, portanto, concordar com o presidente em nada até se tornar presidente da Câmara”, afirmou Mulvaney. “Se esse for o caso, de novo, há uma chance de o tema ficar para o novo Congresso.”

    O financiamento para cerca de um quarto dos programas do governo federal – incluindo os dos departamentos de Segurança Nacional, Justiça e Agricultura – expirarão à meia-noite de sexta-feira e não será renovado até que um acordo seja firmado.

Parques federais devem fechar, e mais de 400 mil funcionários públicos “essenciais” dessas agências trabalharão sem salário até que a disputa seja resolvida. Outros 380 mil receberão licença temporária.

Serviços de segurança, patrulhas de fronteira, entregas por correio e aeroportos continuarão operando.

Construir um muro para impedir que imigrantes ilegais entrem nos EUA foi uma plataforma central da campanha presidencial, mas os democratas se opõem veementemente ao projeto e rejeitam o pedido de financiamento.

Trump reforçou sua retórica sobre segurança da fronteira neste domingo. Em um tuíte, ele disse que “a única forma” de impedir que drogas, gangues e o tráfico de humanos ocorram na fronteira é construir um muro ou barreira.

“Drones e todo o resto são maravilhosos e divertidos, mas a única e velha forma (de resolver o problema) é (construir) um muro que funcione!”, escreveu Trump no Twitter.

    No começo desta semana, líderes do Senado e da Câmara dos Representantes pensaram que tinham um acordo e que Trump aceitaria menos dinheiro para segurança de fronteiras, mas viram o presidente, pressionado pelos conservadores, pedir novamente os 5 bilhões de dólares no último minuto.

    (Reportagem de Jan Wolfe e Lesley Wroughton)

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