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Imigrantes centro-americanos permanecem na fronteira dos EUA apesar das más condições

Por Christine Murray

TIJUANA, México (Reuters) – Milhares de imigrantes centro-americanos estão se instalando a longo prazo em um complexo esportivo mexicano sujo e superlotado à vista dos Estados Unidos, enquanto um número pequeno deles preferiu voltar para casa depois que confrontos com forças da fronteira diminuíram sua esperança de cruzar o local.

Os homens, mulheres e crianças enlameados de uma caravana de maioria hondurenha começaram a se espremer no complexo de Tijuana cerca de três semanas atrás. Agora eles passam de 6 mil em um espaço que a prefeitura local preparou inicialmente para um terço desse número.

    Como os postulantes a asilo nos EUA estão se dando conta de que provavelmente terão que ficar na cidade mexicana fronteiriça durante meses, 350 pessoas pediram às autoridades que as ajudem a voltar para casa.

    Jose Luis Tepeu, um guatemalteco de 22 anos, estava dormindo sobre caixas de papelão no chão. Ele disse que só esperará mais cinco dias para ver se recebe ajuda para ir aos EUA, ou ao Canadá.

    “Se não vier, voltarei para minha casa”, disse, dizendo que no México os salários são baixos demais para ele ficar e enviar dinheiro para ajudar sua família. “Você não é bem pago aqui.”

    Para pedirem asilo, os imigrantes precisam primeiro se inscrever em uma lista de espera para ver autoridades de fronteira dos EUA. A lista já tinha um acúmulo de semanas antes de a caravana chegar, e conversas entre os dois países vizinhos que visam manter os imigrantes no México por mais tempo aumentam a incerteza.

    No domingo guardas de fronteira norte-americanos dispararam cilindros de gás lacrimogêneo contra um grupo menor, que incluía mulheres e crianças, que correu para a divisa.

     A violência pareceu ter chocado algumas pessoas, e outras dezenas pediram para ser enviadas voluntariamente para casa na segunda-feira, disse Rodolfo Olimpo, agente de imigração de Tijuana.

     A superlotação também contribuiu para a disseminação de doenças. Surgiram diversos casos de doenças respiratórias, piolhos e catapora, segundo três autoridades municipais que não quiseram se identificar por não estarem autorizadas a falar com a mídia.

     Como são muitos para se acolher em abrigos, os imigrantes, que viajaram cerca de 4.800 quilômetros desde meados de outubro, foram encaminhados ao complexo para esperar até que as autoridades de EUA e México se entendam sobre como lidar com eles.

     Mas apesar das condições difíceis muitos parecem determinados a esperar no México para pleitear seu caso nos EUA, e mais de 600 solicitaram permissão para trabalhar em solo mexicano só na terça-feira, segundo o Ministério das Relações Exteriores.

((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447702)) REUTERS AC

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