TÓQUIO (Reuters) – O ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn, preso na última segunda-feira por suspeita de irregularidades financeiras, negou as acusações contra ele, informou neste domingo a japonesa NHK.
Ghosn, que não falou publicamente, disse aos investigadores que não tinha intenção de subestimar sua remuneração em documentos financeiros e negou as acusações contra ele, disse a NHK, sem dar fontes ou mais detalhes.
Greg Kelly, um ex-executivo da Nissan detido junto com Ghosn na segunda-feira, defendeu no sábado a compensação de Ghosn, segundo NHK, dizendo que foi discutido com outras autoridades e pagou apropriadamente.
Ghosn e Kelly foram demitidos pela montadora na quinta-feira e uma fonte familiarizada com o assunto disse que a Nissan pretende nomear um novo presidente dentro de um mês ou dois, antes da próxima reunião do conselho marcada para cerca de 20 de dezembro.
Promotores japoneses dizem que Ghosn e Kelly conspiraram para subestimar a remuneração de Ghosn em cerca de metade dos 10 bilhões de ienes (88 milhões de dólares) que ele ganhou na Nissan em cinco anos a partir de 2010. A empresa também citou outras múltiplas infrações.
(Por Elaine Lies)