Por Richard Lough e Luke Baker
PARIS (Reuters) – O presidente francês, Emmanuel Macron, prestou tributo aos milhões de soldados que morreram durante a Primeira Guerra Mundial neste domingo, realizando uma cerimônia solene da qual participaram dezenas de líderes mundiais em Paris, para comemorar o centenário do Armistício.
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump, o presidente russo Vladimir Putin, a chanceler alemã Angela Merkel e dezenas de príncipes, monarcas, presidentes e primeiros-ministros se juntaram a Macron para marcar o momento em que as armas foram silenciadas em toda a Europa um século atrás.
Aqueles que lutaram nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial passaram por um inferno inimaginável, disse Macron em um discurso de 20 minutos, destacando que bem como as mortes de 10 milhões de soldados, milhões de mulheres ficaram viúvas e crianças ficaram órfãs.
“A lição da Grande Guerra não pode ser de ressentimento entre as pessoas, nem o passado deve ser esquecido”, disse Macron, com tristeza gravada nos rostos de ex-soldados franceses em pé prestando atenção durante a cerimônia.
“É nossa obrigação profundamente enraizada pensar no futuro, e considerar o que é essencial.”
A comemoração é o epicentro de tributos globais para homenagear aqueles que morreram durante a guerra de 1914 a 1918 e para comemorar a assinatura do Armistício que levou um fim ao combate às 11h do dia 11 de novembro de 1918.
Em um toldo de vidro aos pés do Arco do Triunfo, construído pelo Imperador Napoleão em 1806, Trump, Merkel, Macron, Putin e outros líderes escutavam através de fones de ouvido enquanto o presidente francês falava. Putin, que foi o último a chegar, deu a Trump um rápido sinal de jóia ao cumprimentá-lo.
A comemoração incluiu a leitura por crianças de cartas escritas por soldados alemães, franceses e britânicos durante a guerra, um recital do violoncelista Yo-Yo Ma e uma performance do Bolero de Maurice Ravel.
(Reportagem adicional de Laurence Frost)
