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Ciro não toma posição e fala em preservar “caminho” de referência para enfrentar “dias terríveis”

(Reuters) – O candidato do PDT derrotado no primeiro turno da eleição presidencial deste ano, Ciro Gomes, anunciou em vídeo divulgado nas redes sociais neste sábado que não terá posição pública no segundo turno da eleição que acontece no domingo e afirmou que sua consciência lhe impõe a preservação de um “caminho” para servir de referência aos brasileiros no enfrentamento do que chamou de “dias terríveis” que virão pela frente.

Ciro, que viajou para a França logo após o primeiro turno da eleição e retornou ao Brasil na sexta-feira, disse estar com “muito grave preocupação com o nosso país, com o nosso futuro”, mas não manifestou apoio ao petista Fernando Haddad contra Jair Bolsonaro, do PSL, que lidera as pesquisas de intenção de voto. Haddad esperava um apoio explícito de Ciro e chegou a estimar que isso lhe daria de 3 a 4 pontos percentuais na eleição.

“Claro que todo mundo preferia que eu, ao meu estilo, tomasse um lado e participasse da campanha. Mas eu não quero fazer isso por uma razão muito prática que eu não quero dizer agora, porque se eu não posso ajudar, atrapalhar é que eu não quero”, disse Ciro no vídeo.

“Minha consciência me aponta a necessidade de preservar um caminho em que a população brasileira amanhã possa ter uma referência para enfrentar os dias terríveis que, imagino, estão se aproximando. Nada de medo. Não será com medo que nós vamos enfrentar o que quer que venha por aí e vocês sabem que eu estarei na linha de frente com todos vocês”, acrescentou.

O PDT anunciou “apoio crítico” a Haddad e o próprio Ciro, após a derrota no primeiro turno, disse que “ele não, com certeza”, numa referência ao slogan que tem sido usado contra Bolsonaro.

Neste sábado, Ciro, que já se referiu ao candidato do PSL como “projetinho de Hitlerzinho tropical”, defendeu um voto a favor da democracia, mas não manifestou apoio explícito a Haddad.

“Eu quero que Deus, como eu disse lá no primeiro dia, abençoe essa grande nação, para que todo mundo possa caminhar amanhã para votar. Votar compreendendo a necessidade de votar com a democracia, votar contra intolerância, pelo pluralismo, mas também ninguém está obrigado a votar contra convicções e ideologias”, disse.

“O que precisa o Brasil a partir de segunda-feira é que a gente construa um grande movimento que, de um lado, proteja a democracia brasileira, de outro lado, proteja a nossa sociedade mais pobre dos avanços contra os direitos, que se proteja os interesses nacionais contra a entrega e a cobiça estrangeira”, defendeu Ciro, que durante a disputa do primeiro turno chegou a dizer que essa seria sua última campanha eleitoral.

Após a derrota no primeiro turno, no entanto, o presidente do PDT, Carlos Lupi, afirmou que o partido já prepara a candidatura de Ciro para a eleição presidencial de 2022.

(Por Eduardo Simões)

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