De janeiro a março deste ano, número de jovens de 15 a 18 anos que tiraram título de eleitor foi recorde. Artistas mobilizaram campanhas
Após identificar o menor nível de participação de adolescentes no processo eleitoral das últimas três décadas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou um aumento significativo de jovens interessados em votar no pleito deste ano. Segundo dados da Justiça Eleitoral, o número de alistamentos eleitorais cresceu em relação às duas últimas eleições. De janeiro a março, o Brasil ganhou 1.144.481 novos eleitores entre 15 e 18 anos. Já em 2018 e 2014, foram emitidos 877.082 e 854.838 novos títulos, respectivamente.
As novas emissões ocorrem em meio a uma campanha de mobilização promovida pela Justiça Eleitoral nas redes sociais. Celebridades como Anitta, Zeca Pagodinho, Whindersson Nunes, Juliette e também internacionais, como o ator norte-americano Mark Ruffalo, participaram do chamamento.
De acordo com as estatísticas oficias, até janeiro deste ano, o TSE registrava, no total, pouco mais de 730 mil títulos emitidos para jovens de 16 a 17 anos. Para os adolescentes de 16 e 17 anos, o voto é facultativo.
Para o cientista político e analista do TSE, Diogo Cruvinel, o interesse recorde dos jovens pelo primeiro título se justifica por alguns fatores. “A Justiça Eleitoral sempre realiza campanhas de conscientização e incentivo ao eleitorado como um todo, em especial aos jovens, por meio da mídia e nas escolas. Neste ano, pela primeira vez, a campanha contou com a adesão espontânea de artistas e influenciadores, que dialogam diretamente com esse eleitorado, o que ajudou a impulsionar esses números”, avalia.
O cadastro eleitoral seguirá aberto até o próximo dia 4 de maio, data limite para que o eleitor solicite o título, transfira o domicílio eleitoral e regularize eventuais pendências com a Justiça Eleitoral.