Ministro Edson Fachin criticou a PGR por ter insistido na continuidade do processo, apesar de ter passado cinco anos sem conseguir colher novas provas
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para arquivar nesta quinta-feira (10) a investigação contra os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) (imagem) e Jader Barbalho (MDB-PA). Ambos supostamente receberam propina nas obras da hidrelétrica de Belo Monte, num desdobramento da operação Lava-Jato.
A maior parte dos ministros seguiu o entendimento de Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo, para quem o Ministério Público Federal (MPF) não conseguiu colher indícios suficientes de crime cometido pelos parlamentares. Em seu voto, ele escreveu que “sobressai o vazio investigatório quanto aos supostos fatos delituosos”.
O inquérito foi aberto com base na delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral (PTB). Segundo o relato dele, as empreiteiras responsáveis pela construção de Belo Monte repassavam 0,45% do faturamento com a obra para os parlamentares do MDB. O montante desviado seria de R$ 30 milhões.
(Agência Brasil)