Em sua posse nesta sexta-feira (18), o novo presidente do instituto fez um longo discurso relembrando aspectos históricos do país

Marcio Pochmann, o novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destacou sua sólida formação acadêmica como base para liderar a instituição de pesquisa com o mais alto nível de rigor técnico e científico. A escolha de Pochmann para essa posição foi uma decisão tomada pelo presidente da República na época, Luiz Inácio Lula da Silva, e o anúncio ocorreu em julho através do Palácio do Planalto, o que gerou certo desconforto com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, à qual o IBGE está subordinado.

No ato de posse, realizado em conjunto com a ministra, Pochmann fez um longo discurso, abordando aspectos históricos do país. Ao falar sobre o desafio de comandar o IBGE, Pochmann mencionou que a indicação o cobrava “a totalidade das energias e competências que quase 40 anos de vida dedicada ao ensino, para que com tais credenciais tenha êxito na preciosa incumbência de presidir o IBGE, com o máximo rigor técnico e científico”.

Pochmann também reforçou o discurso de seu antecessor, Cimar Azeredo Pereira, sobre a recuperação do IBGE, cobrando mais recursos do Orçamento e novos concursos públicos.

A condução do último Censo enfrentou desafios consideráveis, uma vez que além das adversidades causadas pela pandemia de covid-19, houve sérias limitações financeiras que impactaram a realização da pesquisa.

Há críticas anteriores à nomeação de Pochmann como presidente do IBGE, associadas ao período em que ele ocupou a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de 2007 a 2012. Durante esse tempo, ele foi objeto de questionamentos sobre um suposto viés ideológico na administração do órgão.