A nomeação de três políticos do DEM para a equipe ministerial de Jair Bolsonaro causou ciumeira em alguns partidos que vão compor a base do governo. Porém, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, não considera que o partido vai dar as cartas a partir de 2019. Em evento realizado em São Paulo nesta quinta-feira, Maia disse que os democratas indicados foram escolhas do próprio presidente eleito.
“O Onyx Lorenzoni (que será ministro da Casa Civil) é uma escolha do próprio Bolsonaro, e merecida, pois acreditou nele desde o início, quando muitos tratavam a candidatura como algo folclórico”, afirmou. Os outros indicados do DEM foram Tereza Cristina (MS), para a Agricultura, e Luiz Henrique Mandetta (MS), para a Saúde. Enquanto a primeira foi nomeada com o apoio da bancada ruralista, o segundo foi apoiado pelos deputados ligados ao setor de Saúde.
Questionado sobre a possibilidade de concorrer à reeleição da presidência da Câmara, no começo de 2019, Maia desconversou. “Ainda não sou candidato. Gostaria de continuar, mas a eleição é uma construção difícil”, disse. “Vai ser preciso construir um bloco com pelo menos 10 partidos para disputar o pleito, e isso não ocorre da noite para o dia”, completou.