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Causa do apagão deve ser conhecida em 45 dias, afirma ONS

Falha em uma linha de transmissão no Ceará começou o apagão, mas isso não seria suficiente para causar um impacto tão grande no sistema elétrico

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deve concluir até o final de outubro uma avaliação detalhada do apagão que ocorreu na terça-feira (15) e deixou consumidores de 25 estados e do Distrito Federal sem energia.

Embora o ONS tenha indicado que a atuação incorreta no sistema de proteção de uma linha de transmissão no Ceará operada pela Chesf, subsidiária da Eletrobras, foi o ponto de partida para o apagão, a instituição afirma que isso, de forma isolada, não seria suficiente para gerar tamanho impacto no sistema.

Enquanto segue nas análises, o ONS tem operado o sistema em condições “mais conservadoras”, disse a instituição. O objetivo é “garantir a segurança do atendimento conforme previsto nos Procedimentos de Rede”. Entre as medidas tomadas estão a redução no carregamento das linhas de transmissão e a postergação de manutenções programadas.

O Relatório de Análise de Perturbação (RAP), a ser concluído em até 45 dias úteis, conforme previsto em normativo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), deverá conter uma avaliação detalhada da ocorrência, da causa raiz, sequência de eventos, desempenho das proteções, dentre outras informações. Também deve incluir recomendações e providências.

Na sexta-feira, 25 de agosto, está agendada a primeira reunião com a participação do Ministério de Minas e Energia (MME), da Aneel e dos agentes de geração, transmissão e distribuição para avaliar as informações consolidadas enviadas pelos envolvidos na ocorrência, dando início à elaboração do documento. Uma segunda reunião está previamente marcada para 1º de setembro.

Toda a sucessão de fatos levou à interrupção de cerca de 19 mil megawatts (MW) de cargas do SIN, ou 27% dos 73 mil MW que estavam sendo atendidos por volta das 8h30, quando a ocorrência começou.

Na análise inicial, o ONS reiterou que o sistema atuou conforme esperado, evitando um evento ainda maior.

Segundo o ONS, a recomposição das cargas foi iniciada em todas as regiões nos primeiros minutos após a ocorrência. A primeira região a ser normalizada foi a Sul, pouco depois das 9h. Meia hora depois, as cargas das regiões Sudeste/Centro-Oeste foram restabelecidas. Por volta das 13h30 todo o sistema de operação sob coordenação do ONS estava restaurado, e às 14h49 todas as cargas interrompidas estavam normalizadas pelas distribuidoras.


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