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Campanha contra veste Dino de tanga ao som de Claudinho & Buchecha

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), é alvo de uma campanha caluniosa que produz fakes bizarras. Desta vez, ele é identificado erroneamente como o homem que aparece dançando em trajes indígenas ao som de “Conquista”, sucesso do funk carioca interpretado pela dupla Claudinho & Buchecha. Em sobreposição há o texto: “Festa do Pescador de Baixo Guandu, no Espírito Santo”. O vídeo original é de divulgação do governo capixaba.

Escolhido a Fake da Semana de MR, o vídeo circula no WhatsApp e Instagram. Outra postagem vem com o seguinte comentário: “Não interessa em quem você votou, mas seja sincero, isso é postura de um ministro? Não, e o pior é que não pode falar nada, porque em 2014, para ser governador, ele disse que era branco, em 2018, para se reeleger, ele disse que era pardo. Agora, para entrar no STF tá dizendo que é negro. Agora já está vestido de índio. Isso não é um ministro, isso é uma caneta de doze cores”.

No WhatsApp, o vídeo é acompanhado da mensagem: “Sinopse de uma personalidade sombria e diabólico (sic)”.

Entretanto, Flávio Dino jamais esteve na Festa do Pescador de Baixo Guandu, informa o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Além disso, não há registro da realização do evento em 2023. “[O Ministério da Justiça] lamenta, ainda, que grupos extremistas estejam se aproveitando do atual momento para criar e disseminar informações falsas de todo tipo, com o único objetivo de manchar a imagem do ministro e influenciar a opinião pública na internet”, afirmou o ministério da Justiça por meio de nota.

A agenda do ministro (veja aqui) mostra que, desde que assumiu a pasta, ele só esteve no estado capixaba em setembro, para lançar o Programa de Ação na Segurança e o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania — veja aqui.

A agência de checagem Aos fatos constatou que há diferenças perceptíveis entre o homem que dança e o ministro, mesmo com o vídeo em baixa resolução. O ministro tem cabelos menos volumosos, sobrancelhas mais cheias, queixo mais elevado e aparenta mais idade (imagem abaixo).

Desde a reação do governo ao 8 de janeiro, o ministro é alvo recorrente de campanhas difamatórias, o que ganhou força com sua indicação ao STF. Durante a parada LGBT+, em junho, foi afirmado que ele desfilava em um carro alegórico fantasiado de drag borboleta azul. Ele também não mandou incendiar ônibus escolares.

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