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Calma que ainda vai ter copa

Esqueça o próximo inquilino do Planalto. O que dá saudades é ver algum otimismo

Esse ano não oferece paz ao brasileiro. Depois de todos os terremotos cotidianos passados e vindouros com as eleições presidenciais e a escala inflacionária, teremos os previsíveis desastres naturais com a chegadas das chuvas (cidades destruídas, rodovias interditadas, famílias sem casa, desabamentos, mortes), algum ciclone de surpresa e mais queimadas ornando um 2022 com Copa do Mundo fora de época. Por isso, ninguém parece muito interessado em futebol – tirando os fabricantes de televisores.

O clima é de interregno. Pudera, o selecionado jamais recuperou o encanto junto ao torcedor depois do 7 x 1 no Mineirão, em 8 de julho de 2014. Em 2018, na Rússia, o time não chegou a fazer feio, mas desde antes o principal jogador, Neymar, é mais assunto para colunas de celebridades e confusões com mulheres, lesões e clubes. Mas de acordo com as superstições, há mínimas razões para existir fé. Confira os contra e os prós, nessa ordem (por razões de lógica brasileira, alguns pontos são repetidos)

Bola fora
  • A seleção está desacreditada;
  • Neymar anda em baixa e não parece existir um substituto;
  • O time brasileiro pouco jogou contra grandes seleções nos últimos tempos;
  • O técnico Tite consolidou um vocabulário próprio, o Titês;
  • Vai ser difícil trabalhar nos dias de jogos, com transmissões às 7h, 10h, 12h, 13h e 16h (horários de Brasília), com mata-matas às 12h e 16h. Na primeira fase, o Brasil estreia contra a Sérvia às 16h, (24/11), Suíça às 13h (28/11) e Camarões às 16h (02/12);
  • Apesar de toda a modernidade aparente, o Qatar é uma ditadura tribal monarquista;
  • Há repetidas denúncias de trabalho em condições desumanas na construção dos modernos estádios;
  • Copa em país árabe com todo mundo coberto será algo estranho;
  • Não vai ter bagunça nas ruas (por lá);
  • Apesar das promessas de relaxamento para com os visitantes, melhor abandonar manifestações públicas de afeto, andar sem camisa (ou regata), consumir bebida alcoólica – público LGBTQIA+, nem pensar;
  • Risco de atentados. A maioria da população segue o salafismo, movimento do islã sunita de orientação ultraortodoxa;
  • Pode ser a última Copa do Galvão (quem virá?);
  • Neymar vai rolar no gramado;
  • Vai ter dancinha idiota;
  • O calvão de cria deve ser proibido pela Convenção de Genebra o mais rápido possível.
Bola dentro
  • Com a seleção desacreditada, assim como em 58, 70, 94 e 02;
  • Aos 30 anos, pode ser a última chance para Neymar ser o melhor do mundo. Vá que…;
  • Alguns novos jogadores podem surpreender;
  • A turma da firma vai curtir. Na fase de grupos, o Brasil jogará às 16h, 13h e 16h, respectivamente, matando os expedientes. Nos mata-matas, às 12h e 16h;
  • Anitta deve se tornar a madrinha oficiosa da seleção;
  • Pode ser a última Copa do Galvão;
  • Nenhum político conseguirá encampar a seleção sem ser massacrado;
  • O Twitter brasileiro ficará divertidíssimo;
  • O GSI vai proibir qualquer integrante da equipe econômica de manifestações e metáforas futebolísticas;
  • Esqueça os apps. Jogo de Copa, só com todo mundo junto na frente a TV, palpitando, cornetando, vibrando;
  • Vai ter dancinha idiota para coreografar na firma;
  • Se o time jogar bem, será bacana ver o brasileiro mais animado na rua, independente do próximo inquilino no Planalto.

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