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Bolsonaro ignora 130 mil mortos: “Brasil foi um dos que menos sofreu na pandemia”

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira (11), no oeste da Bahia, que o “Brasil foi um dos países que menos sofreu na pandemia, dadas as medidas adotadas pelo governo federal”. A declaração que desconsiderou registros oficiais foi feita durante visita ao canteiro de obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), no município de São Desidério, no dia em que o país atingiu 130 mil vítimas fatais. “Estamos praticamente vencendo a pandemia. O governo fez tudo para que os efeitos negativos da mesma fossem minimizados, ajudando prefeitos e governadores com necessidades na Saúde”, declarou.

Não é bem assim. O governo pode ter atuado com intensidade, mas não o suficiente para permitir tais afirmações por parte do chefe do Executivo. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, que monitora casos de covid-19 em 188 países, o Brasil é o terceiro em número de infectados, com 4,2 milhões registros, atrás apenas dos Estados Unidos (6,4 milhões) e Índia (4,5 milhões). O país é, também, o segundo em mortes (130 mil), atrás dos Estados Unidos, com 192,3 mil vítimas. Ou seja, os brasileiros estão bem longe de constar entre os que menos sofreram. Todavia, os casos fatais estão em declínio. A média móvel diária de mortes no primeiro dia de setembro foi de 859 casos, caindo para 699 nesta quinta-feira (10). No primeiro dia de agosto, a média móvel foi de 1.017 casos e, no primeiro dia de julho, 977 casos.

Em busca de uma solução para a crise, o governo federal tem como principal aposta para a imunização contra o coronavírus a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, que teve seus testes suspensos temporariamente por causa de reações adversas sofridas por um voluntário britânico. Agora, o governo russo se aproxima do Brasil para oferecer a vacina Sputnik V, que foi muito criticada ao ser anunciada, diante da falta de dados estatísticos em seu desenvolvimento. De acordo com Kirill Dmitriev, presidente do Fundo Russo de Investimentos Diretos, que aportou R$ 300 milhões no desenvolvimento na Sputinik, serão anunciadas parcerias para produção com sócios americanos e europeus. Ao Brasil, os russos querem oferecer 100 milhões de doses, que devem ser adquiridas por precaução.

Para garantir seu lugar na fila por uma solução, o governo brasileiro também deve comprar lotes de outras vacinas, como as das chinesas SinoVac, CanSino e China Biotec, do consórcio entre Pfizer, J&J e Moderna, e da NovaVax, entre outras.

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