2021 ficou no azul por causa das inaugurações de pontos de venda, aponta CNC
O estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que o varejo brasileiro voltou ao azul com novos pontos de venda em 2021. Entre aberturas e fechamentos, o saldo foi positivo em 204,4 mil novas lojas. O setor encerrou o ano com 2,4 milhões de estabelecimentos ativos.
Embora o consumo tenha sido fragilizado pela escalada dos juros, inflação e desemprego, o fôlego do comércio não representa, necessariamente, uma virada, passando de um saldo negativo de 28,3 mil lojas em 2020 para um saldo positivo de 204,4 mil abertas em 2021. Economistas deduzem que, na maioria dos casos, pessoas que perderam o emprego por causa da pandemia abriram uma pequena loja virtual ou física para tentar obter renda.
O setor de hipermercados, supermercados e minimercados puxou a fila em abertura de lojas, com 54 mil pontos de venda e um pouco mais de um quarto do saldo das inaugurações. Na vice-liderança estão as lojas de eletrodomésticos e utilidades domésticas (38,7 mil), seguidas pelas de vestuário, calçados e acessórios, com 28,3 mil novos pontos de venda. A liderança dos setores de supermercados e eletrodomésticos é reflexo do consumo doméstico que ganhou prioridade com o isolamento social.
Base de dados
A CNC mudou a base de dados do levantamento, que anteriormente era feito a partir de informações das empresas de comércio com vínculo empregatício que constavam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Com as alterações na pesquisa do Caged, o novo estudo passou a usar a base de dados dos CNPJs de empresas comerciais ativas no Ministério da Economia, excluindo os Microempreendedores Individuais (MEIs).
