Controladora do Cidade São Paulo e do Gran Plaza ainda não recebeu propostas. Receitas anuais somam R$ 150 milhões

A Syn Prop e Tech, incorporadora proprietária do Shopping Cidade São Paulo e do Gran Plaza está em busca de compradores para ambos os empreendimentos. A empresa contratou o Bradesco BBI para ajudar na operação. Ainda não surgiram propostas oficiais.

A decisão de venda se deve à postura mais proativa da empresa em comprar e vender imóveis e também pelo peso das despesas com juros no balanço da Syn. A dívida líquida da companhia chegou a quase R$ 770 milhões no final de 2022, um valor considerado alto.

Localizado na Avenida Paulista, o Shopping Cidade São Paulo possui 17 mil metros quadrados de área bruta locável e uma receita operacional líquida de R$ 60 milhões. A ocupação de 96% é alta, mas o fluxo de visitantes ainda não foi recuperado totalmente após a pandemia. O ponto é um grande atrativo do empreendimento. A Syn possui 92% de participação no ativo.

Já o Gran Plaza, em Santo André (ABC Paulista) é um empreendimento de grande porte, com 70 mil metros quadrados de área bruta locável e uma receita operacional líquida de R$ 90 milhões em 2022. A participação da Syn é de pouco mais de 60%. O centro de compras é referência em Santo André, com 96% de ocupação por lojistas.

No entanto, para os analistas o momento não é considerado favorável para a venda de ativos de elevado capital, como shoppings. As empresas do setor estão focadas em reduzir dívidas e menos propensas a fazer grandes desembolsos. Além disso, os fundos de investimento imobiliário se encontram com pouco espaço para captações de recursos em bolsa. Diante dessas perspectivas, as soluções incluiriam negociações demoradas e a preços reduzidos.