Em grupos entre 10 mil e 50 mil seguidores a taxa de conversão de uma campanha pode atingir 40%, aponta BrandLovrs
Celebridades ganham mais dinheiro com publicidade digital e atraem muita atenção do público, mas são os criadores de conteúdo “de nicho” sem milhões de seguidores nas redes sociais que geram mais resultados para as marcas anunciantes.
É o que revela uma pesquisa realizada pela BrandLovrs, plataforma que conecta empresas em busca de publicidade a influenciadores digitais.
Os números apontam que o Brasil tem cerca de 13 milhões de pessoas que fazem o trabalho que ficou conhecido como “produção de conteúdo” na internet, os famosos influenciadores digitais. Desses, apenas 0,1% têm mais de 1 milhão de seguidores. A grande maioria (96%) é composta pelos chamados “nanocreators”, que têm até 12,5 mil pessoas acompanhando seu trabalho na rede.
Grande parte desse grupo é composto por pessoas que muitas vezes se destacam falando sobre uma área específica. E é justamente essa característica que pode permitir que as marcas conversem com um público mais específico, segundo a BrandLovrs.
No grupo dos influenciadores com número de seguidores entre 10 mil e 50 mil, a taxa de conversão de uma campanha publicitária (ou seja, o resultado em venda para o anunciante a partir daquele anúncio) é de 40%. Já em perfis com mais de 100 mil pessoas, cai para 2%.
Quanto ganha um influenciador digital?
Apesar de gerarem mais resultados para as marcas, os anúncios dos pequenos e médios influenciadores geram menos dinheiro para os donos dos perfis. Segundo os números da pesquisa, a maioria dos influenciadores (62%) recebem até R$ 250 por um pacote de stories. Outros 31% ganham de R$ 250 a R$ 2,5 mil pelos mesmos anúncios. Somente 7% recebem acima de R$ 2,5 mil.
Mas isso não significa que esses sejam exatamente os valores desembolsados pelas marcas anunciantes. Ainda segundo a BrandLovrs, a maioria delas paga até R$ 2,5 mil por um combo de stories – ou seja, uma estatística distante da maioria que recebe menos de R$ 250 pelo serviço. A diferença, segundo a empresa, fica com intermediários, como assessores e agências.
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