Companhia reverte cenário negativo após registrar prejuízo de R$ 479 milhões em 2022

A Eletrobras reportou um lucro líquido de R$ 893 milhões no quarto trimestre de 2023, revertendo prejuízo de R$ 479 milhões apurados em 2022. Em termos ajustados, o lucro caiu 56%, a R$ 1,17 bilhão. As receitas da companhia do setor elétrico chegaram a R$ 9,92 bilhões entre outubro e dezembro, crescimento de 10% sobre o mesmo período de 2022. O faturamento vindo das operações de geração aumentou 6% e os de transmissão 26%.

O ebitda no quarto trimestre foi de R$ 1,05 bilhão, queda de 26% no ano. Em termos ajustados, o indicador teve queda de 16%, a R$ 3,84 bilhões. “O resultado operacional e financeiro da Eletrobras em 2023 refletiu a busca pela maior eficiência de custos e racionalização de processos que possibilitou a retomada da capacidade de investimentos da companhia”, informou a empresa, em nota.

A companhia destaca que teve um aumento de quase 5% na capacidade instalada no segmento de geração, com a consolidação de Teles Pires, chegando a 44.654 megawatts (MW). A geração líquida caiu 3%, a 31.804 gigawatts-hora (GWh). Em transmissão, a Eletrobras terminou o ano com 73,7 mil quilômetros de linhas de transmissão e uma receita anual permitida (RAP) de R$ 4,41 milhões, alta de 28,3% no ano, com efeitos de inflação.

No ano, a Eletrobras teve lucro líquido de R$ 4,39 bilhões, alta de 21% na comparação anual. As receitas cresceram 9% entre janeiro e dezembro, a R$ 37,1 bilhões. Já o ebitda no mesmo período subiu 49%, a R$ 17 bilhões.

A empresa teve alta de 14% nos custos e despesas, a R$ 10,3 bilhões, mas destaca uma redução de 27% nos custos com pessoal, material, serviços e outros (PMSO), com o avanço dos planos de ganhos de eficiência. O resultado financeiro da Eletrobras foi negativo em R$ 2,52 bilhões ao fim do quarto trimestre, um crescimento de 51% no ano, sentindo maior efeito de despesas financeiras no período.

A dívida líquida da companhia ao fim de dezembro era de R$ 41,7 bilhões, ante R$ 39,1 bilhões em setembro. A alavancagem da Eletrobras ficou em 2,2 vezes o ebitda ajustado. A posição de caixa era de R$ 19 bilhões e reduziram em 41% o estoque de compulsório.