Rede goiana de alimentação saudável, Flow deve abrir mais de 40 unidades por aqui e uma em Portugal
Uma viagem aos 16 anos para a Europa mudou a vida do goiano Mateus Martins, que incentivou o pai a criar um negócio de alimentação saudável e orgânica no começo dos anos 2000. Mistura de empório e restaurante, o República da Saúde ocupa hoje uma área de 2 mil metros quadrados em Goiânia e serviu de embrião para um empreendimento bem mais ambicioso.
Em operação desde 2017, a rede de franquias Flow, especializada em alimentação saudável, bebe do conhecimento de Martins na cozinha e da proposta do República. E também das práticas esportivas do primo, Pedro Suassuna, engenheiro de formação e com participação em mais de 10 provas de ironman, a competição internacional de triatlo (3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42,19 km de corrida).
A Flow entrou em funcionamento no sistema pegar e levar (grab and go) dentro um container. Logo virou point dos marombas” goianienses. “Era um espaço bem simples. Investimos R$ 55 mil reais e tínhamos uma cozinha de 12 metros quadrados. Logo se tornou o ponto de encontro para o pós-treino da galera”, afirma Martins.
Crescimento
De um único ponto, a Flow cresceu para as atuais 75 unidades e um faturamento de R$ 45 milhões em 2023. A previsão agora é de dobrar o faturamento neste ano e superar a marca de 100 unidades franqueadas.
O pós-pandemia foi um divisor de águas na história da rede. Antes da crise sanitária, a Flow contava com 10 lojas e crescia a passos mais lentos. Na pandemia, a empresa enxugou tanto os custos da operação, que os sócios cancelaram o seguro da unidade própria que custava míseros R$ 100 mensalmente. Dias depois, um incêndio colocou a estrutura abaixo. “Nós tivemos que literalmente começar do zero”, diz Martins. ”E na época que nós menos poderíamos gastar”.
Passado o sufoco, a busca por saudabilidade começou a contribuir para o avanço da rede, atualmente distribuída por quase todos os estados em diferentes formatos. Além do modelo para lanches, foram criadas as versões restaurante (Flow Grelhados), cafeteria (Flow Coffee), e a estrutura maior (Concept), com espaços de até 800 metros quadrados. Os restaurantes de grelhados são a maioria.
Na média entre os formatos, os franqueados começam aportando cerca de R$ 350 mil e têm o retorno estimado do investimento em 24 meses.
Velho Continente
“Eu acho que a Flow caiu muito bem porque nós estamos aqui para apoiar as pessoas, não para cobrar e ditar o que devem ou não comer”, afirma. “Nós temos uma performance boa no Brasil inteiro, com destaque para cidades no interior de São Paulo e Minas Gerais”.
O passo dos sócios é fazer um retorno para onde tudo começou: a Europa. Depois de um ano e meio de conversas, a Flow investe em torno de R$ 400 mil para iniciar um processo de internacionalização, a partir da cidade do Porto, em Portugal.
A previsão é de que a primeira unidade seja aberta nos próximos meses, sob a liderança de um empresário português que entrará como franqueado máster. O país deve funcionar como base para as ambições da marca, que pretende apresentar novos pratos aos marombas e esportistas da União Europeia.
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Por Marcos Bonfim
Publicação original: bit.ly/3KvTBti