A Apple está sendo processada pela Ericsson por continuar a usar as patentes 5G da empresa sueca no iPhone depois que seu contrato de licença expirou. Duas ações foram movidas e juntas cobrem 12 patentes distintas. Os processos ocorrem depois que negociações prolongadas com a Apple não foram concluídas antes do acordo de licenciamento anterior expirar.
Ambas as empresas já trocaram ações nos Estados Unidos quando fracassaram as negociações, iniciadas em 2015, para a renovação de outro contrato de licenciamento. A Ericsson processou a Apple pela primeira vez em outubro, alegando uma tentativa de redução indevida das taxas de royalties. Já a fabricante do iPhone entrou com uma ação em dezembro acusando os suecos de usar “táticas de braço forte” para renovar licenças. “Desde que o acordo anterior expirou e não conseguimos chegar a outro sobre os termos e escopo de uma nova licença, a Apple está usando nossa tecnologia sem licença”, informou a Ericsson em comunicado.
As ações judiciais de patentes são comuns entre empresas de tecnologia, pois cada dólar economizado pode equivaler a quantias significativas durante a vigência do contrato, já que empresas como a Ericsson cobram entre US$ 2,5 e US$ 5 por cada aparelho 5G vendido.
A empresa sueca investe cerca de US$ 5 bilhões todos os anos em pesquisa, possui um portfólio de mais de 57 mil patentes, com os royalties representando cerca de um terço de seu lucro operacional. No ano passado, a Ericsson resolveu os processos de patentes com a Samsung após vários meses de batalhas judiciais que afetaram temporariamente seus lucros trimestrais. As dívidas pendentes geralmente são compensadas depois que um acordo é alcançado.