O leilão de três trechos de rodovias estaduais do Mato Grosso à iniciativa privada, nesta quinta-feira (26), na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, garantiu investimentos de R$ 1,5 bilhão e gastos operacionais de R$ 1,9 bilhão durante os 30 anos dos contratos de concessão. Os recursos serão destinado para obras de recuperação, conservação, manutenção, melhorias e operações rodoviárias. Ao todo foram concedidos 512 quilômetros.
A concorrência foi fraca. Só três grupos se apresentaram, sendo que cada um levou um dos lotes pelo valor máximo dos pedágios. Os consórcios Via Norte Sul e Via Brasil MT-220 quase disputaram o lote I, entre Tabaporã e Sinop. A Via Norte ganhou após oferecer um desconto de R$ 0,05 no pedágio. Já o bloco II foi arrematado pela Via Brasil, a única interessada, já que esta será a concessão que mais exigirá investimentos (R$ 816 milhões). O terceiro ficou empatado e quase foi para os lances. Como ninguém baixou o pedágio, venceu o grupo Primavera MT-130, que ofereceu a maior outorga (R$ 1 milhão).
Mesmo assim, foi o segundo maior leilão de concessão rodoviária no Brasil em 2020. “Somando os sete contratos existentes e os quatro futuros, o Mato Grosso terá mais de 2 mil quilômetros de rodovias em concessão, o que corresponde a 28% da malha pavimentada do estado”, disse o governador Mauro Mendes.
As rodovias atendem o escoamento da produção agropecuária mato-grossense. Mais de 3 mil empregos diretos e indiretos devem ser gerados. No lote I, foram concedidos 138,4 quilômetros da MT-220, entre Tabaporã e Sinop, para o consórcio Via Norte Sul; no lote II, 233,2 quilômetros das rodovias MT-246, MT-343, MT-358 e MT-480, de Jangada a Itanorte, para o grupo Via Brasil MT-130; e, no lote III, 140,6 quilômetros da MT-130, entre Primavera do Leste e Paranatinga para a concessionária Primavera MT-130.
Consórcios:
- Via Norte Sul: Constral e Centro Vias;
- Via Brasil MT-246: Conasa, CLD, Zetta, Engemat, FBS, M4 e Ibérica;
- Primavera MT-130: Vale do Rio Novo, Kamilos, Encalso, Terracom e Trail.
