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Ataques cibernéticos quase dobram em 5 anos

Estudo revela aumento de quase 350% na detecção de malwares de e-mails em 2023, indicando uma tendência de uso de anexos maliciosos

O balanço anual da empresa de cibersegurança Trend Micro, divulgado nesta segunda-feira (1°), dispara um alerta para a necessidade das corporações adequarem seu arsenal de segurança cibernética. Em 2023, foram bloqueados quase 161 bilhões de ataques, 10% a mais do que em 2022 e quase o dobro do volume de ameaças registradas há cinco anos, que foi de aproximadamente 82 milhões.

Analisando os tipos de ataques realizados em 2023, nota-se que as investidas via arquivos contaminados apresentaram o maior crescimento (35%, conforme gráfico acima), forte indicador de que os atacantes estão selecionando suas vítimas mais cuidadosamente. “Em vez de dispararem uma enorme quantidade de e-mails ou sites com links maliciosos, os criminosos cibernéticos adotaram a estratégia de atingir menos alvos, só que com maior potencial de ganho financeiro. Eles fazem isso contornando camadas de detecção precoce, como filtros de rede e de e-mails, o que explica o aumento nos arquivos maliciosos em endpoints”, detalha Cesar Candido, diretor geral da Trend Micro no Brasil.

Entre outras tendências observadas no relatório estão:

  • Variedade e sofisticação nos ataques de Ameaça Persistente Avançada (APT, do inglês Advanced Persistent Threat), especialmente nas táticas de evasão de defesas;
  • Aumento de quase 350% na detecção de malwares de e-mails, enquanto as detecções de URL maliciosas e phishing caíram 27%, enfatizando novamente a tendência de uso de anexos maliciosos nos ataques;
  • Crescimento de 16% nas detecções de Business Email Compromise (BEC), também conhecido como fraude do CEO;
  • Queda de 14% nas detecções de ransomware; entretanto, o aumento no registro de ameaças por arquivos pode indicar que os criminosos estão ficando melhores em evitar a detecção primária em LOLBins/LOLBas (Binários e Scripts Living-off-the-Land, que são ferramentas nativas), BYOVD (do inglês, ‘Bring Your Own Device’), explorações de Zero Day e soluções AV (áudio e vídeo);
  • A Tailândia e os EUA foram os mais atacados por ransomware em 2023, com o setor bancário sendo o principal alvo do cibercrime.

“Estamos bloqueando mais ameaças do que nunca e os adversários mostram cada vez uma variedade e sofisticação maior nos ataques, especialmente na evasão defensiva. Nosso relatório aponta a necessidade de um gerenciamento proativo do risco em toda a superfície de ataque, para entender as estratégias dos adversários e agir de forma eficaz”, recomenda Jon Clay, vice-presidente de Inteligência de Ameaças da Trend Micro.

A especialista em cibersegurança aconselha ainda que as empresas:

  • Trabalhem com fornecedores de segurança confiáveis que adotem uma abordagem abrangente de cibersegurança, garantindo não apenas a proteção do ambiente, mas também o monitoramento contínuo em busca de novas vulnerabilidades;
  • Priorizem a eficiência do SOC, monitorando cuidadosamente os aplicativos em nuvem à medida que eles se integram mais às operações diárias;
  • Certifiquem-se de que todos os patches/atualizações mais recentes sejam aplicados a sistemas operacionais e apps;
  • Utilizem protocolos de segurança abrangentes para promover a proteção contra as vulnerabilidades, reforçar as definições de configuração, controlar o acesso a aplicativos e aprimorar a segurança da conta e do dispositivo;
  • Procurem detectar os ataques de ransomware o mais cedo possível, movendo as defesas nos estágios de acesso inicial, movimento lateral ou exfiltração de dados.

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