Enquanto isso, as ações do UBS chegaram a cair 16% no início do pregão,maior queda diária desde 2008
Na manhã desta segunda-feira (20), as ações do Credit Suisse atingiram um novo recorde de baixa, caindo 60% para 0,73 francos, após o UBS, seu rival, anunciar a aquisição do banco de 167 anos por US$ 3,23 bilhões e assumir até US$ 5,4 bilhões em perdas.
Enquanto isso, as ações do UBS operavam em queda de 7,8%, mas chegaram a cair 16% no início do pregão, representando a maior queda diária desde 2008. Investidores expressaram preocupações sobre os benefícios de longo prazo da transação e as perspectivas para os bancos na Suíça, um país que já foi considerado um modelo de bancos sólidos.
O mercado ficou assustado com a notícia de que os títulos adicionais de nível 1 do Credit Suisse – ou títulos AT1 — com um valor nacional de US$ 17 bilhões serão avaliados em zero, irritando alguns dos detentores da dívida que pensavam que estariam mais protegidos do que os acionistas.
Investidores geralmente têm dúvidas sobre quanto tempo uma operação de compra trará retorno financeiro para quem está comprando, o que pode levar a uma recepção morna de notícias de fusões e aquisições.
No entanto, a queda nas ações do Credit Suisse após o anúncio de sua compra pelo UBS foi menos esperada, já que os investidores normalmente compram ações de empresas que estão sendo adquiridas na expectativa de uma valorização futura.
A decisão do UBS de adquirir o Credit Suisse ocorreu após o principal acionista do Credit Suisse anunciar que não investiria mais na instituição financeira por questões regulatórias, o que causou uma queda nas ações do banco e gerou temores no mercado financeiro, afetando também os títulos de outros bancos europeus e de outras partes do mundo.
Para evitar uma possível quebra do Credit Suisse, o Banco Central da Suíça anunciou planos para injetar recursos na instituição financeira, mesmo que a compra pelo UBS não seja concluída.