Ataques cibernéticos e vazamentos de dados aumentaram em 69%.
A sombra da fraude paira sobre o varejo brasileiro, com prejuízos milionários e crescente insegurança tanto para empresas quanto para consumidores. Segundo o Relatório do Varejo 2024 da Adyen, em parceria com o Cebr, as perdas por fraude no setor atingiram R$ 8,5 milhões por empresa em 2023, um golpe de R$ 1,7 bilhão no setor como um todo.
Mais de um terço (37%) das empresas brasileiras sofreram ataques cibernéticos ou vazamentos de dados nos últimos 12 meses, um aumento alarmante de 69% em relação a 2022. Essa vulnerabilidade se traduz em perdas reais: 43% dos consumidores brasileiros foram vítimas de fraudes de pagamento em 2023, com prejuízo médio de R$ 2.022,46, um salto de 137% em apenas um ano.
O varejo de luxo e o comércio de eletrônicos se tornaram alvos preferenciais dos fraudadores, com perdas médias por empresa de R$ 9 milhões e R$ 10,2 milhões, respectivamente.
Consumidores assustados
O medo de ser vítima de fraude online está crescendo. 25% dos consumidores brasileiros relatam sentir-se mais inseguros ao fazer compras hoje do que há dez anos. Essa insegurança impacta diretamente o comportamento: 36% dos consumidores preferem lojas físicas com medidas de segurança robustas, enquanto 23% optam por lojas online que exigem comprovação de identidade no pagamento, como o sistema 3DS.
Empresas rebatem
Para combater a fraude, as empresas estão buscando soluções tecnológicas. 53% planejam adotar provedores de pagamento com mecanismos aprimorados de proteção contra fraudes. Além disso, 64% estão se adaptando à Diretiva de Serviços de Pagamento 3 (PSD3), uma regulamentação da União Europeia que estabelece diretrizes mais rigorosas para proteger os direitos dos consumidores e suas informações pessoais.
Renato Migliacci, Vice-Presidente de Vendas da Adyen Brasil, reforça a importância de combater a fraude: “É um desafio global e local que impacta significativamente o lucro das empresas e o bolso dos consumidores. Os criminosos estão usando métodos cada vez mais sofisticados, e investir em mecanismos de defesa corretos é fundamental para proteger todos os envolvidos.”
