Problemas no abastecimento de insumos e matérias-primas afetaram 68% das indústrias extrativas e de construção em outubro de 2021, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta quinta-feira (2).
O percentual é menor do que o de fevereiro deste ano, quando 73% das empresas relataram o problema. “Apesar da ligeira queda, a situação está bastante complicada e mais da metade das indústrias avalia que esse desajuste só terá fim a partir de abril de 2022”, informou a CNI.
Segundo a pesquisa, em 18 dos 25 setores da indústria de transformação consultados, mais de dois terços das empresas afirmaram que, mesmo com negociações em valores acima do habitual, está mais difícil obter os insumos no mercado doméstico, atingindo principalmento o setor de calçados, que registra 90% de problemas.
Entre os setores que dependem de insumos importados, 18 também relataram o mesmo problema: dificuldade na compra de mercadoria, mesmo que se decida pagar mais. Os setores mais afetados foram o farmacêutico (88%) e o de máquinas e materiais elétricos (86%). De acordo com a CNI, na construção civil o problema se agrava desde fevereiro deste ano. O percentual de construtores que disse ter dificuldade passou de 72% para 75%.
A expectativa de um cenário de normalização da oferta é um pouco mais pessimista, em comparação com a indústria geral: 88% acreditam que a regularização só ocorrerá em 2022, enquanto 9% esperam que isso só ocorrerá em 2023.
(com Agência Brasil)
