O setor de serviços recuou 1,2% na passagem de setembro para outubro, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando uma retração de 1,9%. Com o resultado, o setor ainda ficou 2,1% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, mas está 9,3% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014, apontam os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12).
“Essa perda não elimina o ganho de 6,2% no período abril-agosto, mas reduz o distanciamento em relação ao nível pré-pandemia. Em agosto, o setor estava 4,1% acima do patamar de fevereiro de 2020, passando para 3,3% em setembro e 2,1% agora em outubro”, disse o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Altas e baixas do mês
- Queda: quatro das cinco atividades investigadas recuaram em outubro, com destaque para serviços de informação e comunicação em 1,6%, que apresentaram a segunda taxa negativa consecutiva, acumulando retração de 2,5%. Outra atividade que puxou o índice para baixo foi a de outros serviços, com queda de 6,7%, também a segunda consecutiva, acumulando perda de 12,7%. “Essa é uma atividade muito heterogênea que foi impactada pela menor receita das empresas que atuam na pós-colheita, fazendo beneficiamento de produtos agrícolas e pela queda em corretoras de títulos e valores mobiliários”, explicou Lobo;
- Crescimento: os serviços prestados às famílias cresceram 2,7% no período, emplacando o sétimo resultado positivo consecutivo e acumulando 57,3% de crescimento nesse período. Com relação a outubro de 2020, o setor de serviços avançou 7,5%, com crescimento em quatro das cinco atividades. “Essa foi a oitava taxa positiva seguida, mas com redução o ritmo de crescimento”, destaca Lobo. No acumulando de 2021, o setor apresenta alta de 11%, com crescimento em todos os setores.