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Seca nos EUA leva preço do algodão ao maior valor desde 2011

A crise está atingindo um mercado já apertado devido a um aumento relacionado à pandemia na demanda por tecidos de algodão, à medida que as pessoas passam mais tempo em casa

Os preços do algodão atingiram seu nível mais alto em mais de uma década na segunda-feira (21) devido a uma seca prolongada em partes do centro dos Estados Unidos. A fibra vegetal chegou ao valor de 1,3171 dólar a libra (453 gramas) no principal contrato futuro nos EUA, 7% a mais que na véspera e quase 50% a mais que em meados de setembro. A última vez que o preço foi atingido aconteceu em julho de 2011.

Muitos já estão comparando as condições climáticas atuais com 2011, quando os produtores de algodão dos EUA sofreram sua pior seca de todos os tempos e os preços chegaram a US$ 2,27 por libra. A seca desta vez está atingindo um mercado já apertado devido a um aumento relacionado à pandemia na demanda por tecidos de algodão, à medida que as pessoas passam mais tempo em casa. Além disso, houve um aumento da demanda na China, de longe o maior produtor e importador do mundo. Outro fator que contribui é o aumento do preço dos pesticidas, que são amplamente utilizados nas fazendas de algodão e são derivados do petróleo.

Brasil

Enquanto isso, por aqui, a Companhia Nacional de Abastecimento do Brasil (Conab) divulgou um relatório que estima a área de algodão do país na safra 2021-22 em 1,6 milhão de hectares, 4,16% maior que a estimada em fevereiro e 16,8% maior que a safra passada. A produtividade está prevista para aumentar em 2,5% para 1.765 quilogramas/hectare. Assim, a produção brasileira de algodão deverá ser 19,7% superior à de 2020-21, totalizando 2,82 milhões de toneladas em 2021-22 (+4,15% em relação ao estimado anteriormente).

Em Mato Grosso, principal província produtora de algodão do país, a Conab estimou a área semeada com algodão em 1,14 milhão de hectares, 4,31% maior que a estimada em fevereiro de 2022 e 13,8% maior que a de 2020-21. A produtividade está prevista como inalterada em 1,739 kg/hectare. As estimativas de produção foram revisadas para cima em 4,31% na comparação mensal e em 22,6% em relação à safra anterior, para 1,982 milhão de toneladas em 2021-22.

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